“No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho.’’ Essa pedra no poema de Drummond pode retratar uma metáfora que reflete os impasses da igualdade de gênero no Brasil. Nesse sentindo, é vital observar o tabu que está presente nas famílias e as consequências que indivíduos sofrem na vida adulta. Em primeiro plano, pode-se notar uma falta de informação sobre a igualdade de gênero. Nesse caso, muitos (a) chefes de família creem que conversar sobre gênero é incentivar a sexualidade da criança, o que dificulta a quebra do tabu. A sociedade está com o machismo enraizado na sua formação, com isso, muitos pequeninos acabam crescendo com ideologias equivocadas e perpetuando o que aprenderam, como por exemplo, acreditam que existem brinquedos, cores e comportamentos específicos para meninos e meninas. Ademais, quando se tornam adultos, os homens tendem a se acharem superiores as mulheres, aumentando as estatísticas da desigualdade. Dessa forma, os desafios para tornar a sociedade mais igualitária só aumentam. Soma-se a isso, que as consequências são diversas e as mulheres são as protagonistas dessa problemática. Embora muitos tenham suas crenças e cultura, a constituição federal de 1988 assegura a igualdade entre homens e mulheres, inclusive no âmbito profissional. Porém é comum encontrar homens ganhando um salário superior ao das mulheres mesmo ocupando o mesmo cargo e com o mesmo tempo de serviço. Historicamente as mulheres sempre foram vistas e criadas para serem recatadas e do lar, mas com muita luta, elas foram conquistando seu espaço na sociedade e começaram a usufruir de seus direitos, mas ainda existe uma parte da população que leva o esteriótipo patriarcal adiante e julgam as mulheres que não seguem o padrão. Desse modo, é fundamental que as pessoas compreendam o que é a igualdade de gênero, para que as diferenças sejam superadas. Torna-se evidente, portanto, que a ausência de conhecimento sobre gênero contribui para que as implicações sociais cresçam. Sendo assim, é necessário que a mídia crie campanhas e propagandas, para desconstruir os mais velhos que tem uma visão distorcida do que é a igualdade de gênero, também é preciso que o Ministério da Educação crie materiais didáticos para incentivar diálogos saudáveis sobre o que é a igualdade de gênero, desde do ensino fundamental até o ensino médio, assim aprenderão a ter respeito mútuo. Além disso, é necessário que haja uma fiscalização frequente nas empresas para verificar e amenizar a desigualdade salarial entres os trabalhadores. Assim, as pedras que estão no caminho da igualdade serão removidas beneficiando a todos.