Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 04/10/2018

“Ninguém nasce mulher, torna-se”. No verso exposto, a socióloga feminista Simone de Beauvoir faz uma reflexão acerca do papel feminino na contemporaneidade. Desse modo, é evidente que tal discussão perdura até os dias atuais no Brasil, pois, apesar do decorrer dos anos, alguns ideais machistas e retrógrados insistem em permanecer na sociedade. Destarte, urge a necessidade da análise da raiz e dos desafios enfrentados pelo sexo feminino, para que posteriormente sejam resolvidos. Mormente, é relevante ressaltar o início da luta feminina por isonomia de direitos no Brasil. Por conseguinte, em 1932, mulheres de todo o Brasil foram às ruas e conquistaram, durante o governo de Getúlio Vargas, o direito parcial do voto feminino, pois, apenas solteiras, casadas e viúvas autônomas poderiam gozar dessa conquista. Dessa forma, embora uma vitória ter sido conquistada, gradativamente mais o público feminino luta para chegar à uma equiparação social que pareceriam óbvias, segundo a análise de Simone. Não obstante, hodiernamente enfrentam-se problemas nos campos da política, do mercado de trabalho e até mesmo do direito à vida, por mulheres ainda ganharem menos, terem baixa representatividade na política e serem muito assassinadas. Em segunda instância, torna-se necessário enfatizar os desafios enfrentados para o alcance da igualdade de gênero atualmente. Ademais, embora a constituição vigente desde 1988 afirme que todos os cidadãos são iguais, segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres ganham cerca de 25% a menos que os homens, ocupando cargos iguais. Além disso, segundo o site, na Câmara dos Deputados elas ocupam 10% das 513 cadeiras, o que deixa claro a discrepância perante os cargos representativos e desse modo reafirma e dá continuidade aos ideais machistas de que a “fêmea” foi feita para procriação e, sem a devida representatividade, a luta pelos direitos e a aprovação de leis benéficas para tal grupo tornam-se inviáveis.. Logo, assim como De Beauvoir afirmava, é necessário reconhecer a opressão feminina e por meio disso, buscar a total independência da mulher, como de direito. Portanto, cabe ao poder legislativo a criação de leis que obriguem empresas a tratarem com igualdade salarial homens e mulheres, de modo que o poder executivo fiscalize, por meio de constantes visitas aos estabelecimentos, para a garantia do cumprimento de tais decretos. Espera-se, com isso, um país mais justo, onde a desigualdade salarial e política inexistente seja gradativamente alcançada.