Segundo a Constituição Federal de 1988, conhecida como a carta cidadã, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. No entanto, tal preceito não está de fato acontecendo no país, haja vista que as mulheres ainda enfrentam desigualdades no âmbito profissional e social, sofrendo preconceitos e atitudes de cunho machista. Sendo inaceitável que essa situação errônea, fruto do passado histórico e aderida pela sociedade, persista no Brasil, cabendo ao Estado e a sociedade a sua erradicação. Em primeira análise, é preciso ressaltar que a desigualdade entre o gênero feminino e masculino advém da formação histórico-cultural da nação canarinha. No livro Casa Grande e Senzala, do escritor Gylberto Freire, o autor descreve o período Colonial como o grande formador da relação de dominação do homem em relação a mulher. Infelizmente, apesar da luta das mulheres para alcançar direitos como o do voto, o reflexo desse passado imobiliza o país, pois segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil se encontra na 90º posição de nação igualitária entre homens e mulheres. Nesse sentido, superar o passado patriarcalista faz-se necessário ao país, pois a continuidade desse erro impede a promoção do país igualitário descrito na Constituição. Sob outro ângulo, segundo o sociólogo Émile Durkhein, o fato social é uma forma de pensar e agir que exerce poder sobre a sociedade. Consoante a isso, é evidente que a desigualdade de gênero se tornou uma ação normal entre a sociedade. Tal situação hodiernamente ainda é muito defendida, não somente pelos homens, mas também por mulheres que se sentem incapazes de exercerem funções semelhantes nessa conjuntura preconceituosa. Além disso, a falta de ações governamentais que promovam a equidade são escassas, desta forma, mesmo desempenhando as mesmas funções que os homens, muitas mulheres recebem proventos salariais menores. Ainda assim, sofrem preconceitos por entrarem em profissões consideradas masculinas, como por exemplo o ramo da construção civil que é pouco visto a figura feminina exercendo a função de mestre de obra ou engenheira civil. Exposta a problemática, fazem-se presentes medidas para promover a igualdade de gênero no Brasil. O Governo Federal, juntamente com o Ministério da Educação, deve investir em campanhas de conscientização nas redes televisivas e nas redes sociais, influenciando as mulheres brasileiras a se dedicarem as profissões que desejarem, mesmo que se sejam consideras masculinas. Isso deve ser feito por meio de uma série de depoimentos de mulheres que superaram as barreiras do preconceito, demostrando assim, que são capazes . Não somente isso, os mesmos órgãos deverão criar programa de investimento em bolsas para formação em cursos profissionalizantes para as mulheres nessas áreas dominadas pelo sexo masculino. Só dessa forma, utilizando os métodos adequados, o Brasil será considerado igualitário.