Durante a Idade Antiga, em Atenas, o direito de voto era reservado somente aos homens, enquanto as mulheres eram excluídas politicamente e resguardadas às funções do lar. Hodiernamente, apesar do crescimento do movimento feminista e das diversas conquistas políticas sociais, o domínio masculino ainda é predominante no Brasil. Nesse contexto, deve-se analisar os desafios do gênero feminino numa sociedade marcada pelo machismo e pelo patriarcalismo. Em primeira análise, cabe destacar que as ideologias machista e patriarcal, enraizadas na cultura brasileira, constitui-se como um forte impasse para promover a igualdade de gênero no Brasil. Conforme Hannah Arent, em sua obra “Banalidade do Mal”, a sociedade pode naturalizar ações atrozes for imposto um fim técnico sobre elas, como a prática do Holocausto na Alemanha nazista. Nessa ótica, o movimento feminista, gradativamente, ganha visibilidade no mundo, por estimular o pensamento crítico da população feminina mundial e, assim, desconstruir pensamentos naturalizados pela sociedade brasileira. Outrossim, a desigualdade entre homens e mulheres no âmbito empresarial é notória quando se trata de oportunidades de emprego e igualdade salarial. Sobre isso, facilmente constata-se a predominância de pré-requisitos, como ter sexo masculino, em exames de seleção de empresas. Além disso, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou, por meio de pesquisas, que o salário feminino é cerca de 24% menor do que o masculino. Sendo assim, a naturalização de práticas e costumes semelhantes aos da sociedade ateniense, sem estimular o pensamento crítico da sociedade, colabora para a manutenção da desigualdade de gênero no Brasil. Torna-se evidente, portanto, que o cenário de desigualdade de gênero, no Brasil, deve ser revertido. Para isso, o MEC (Ministério da Educação), em parceria com as escolas, deve elaborar cursos de capacitação para professores, visando o aprimoramento do ensino para que se estimule a criticidade do aluno. Ademais, o Governo Federal, por meio de emendas constitucionais, deve formalizar a equiparação dos salários entre os gêneros e criar cotas para facilitar a contratação de mulheres pelas empresas públicas. Dessa forma, as mulheres conquistarão direitos que não são totalmente efetivados, no Brasil e mundialmente, desde a Idade Antiga.