É dever do Estado assegurar igualdade política e social para todos, como é previsto pela Constituição Cidadã de 1988. Entretanto, vista a péssima situação quanto à desigualdade entre gêneros, marcada pela injustiça e os desafios enfrentados pelo sexo feminino, conclui-se que essa asserção não está em vigor prático. Logo, convém ressaltar e analisar as principais causas que levam a esse cenário e suas implicações na sociedade brasileira atual. Primeiramente, é primordial evidenciar que a permanência da desmoralização do sexo feminino é diretamente influenciada pela mentalidade da população em questão. Parafraseando o escritor e filósofo japonês Ryu Murakami, todo caso de desigualdade social é oriundo de preconceitos já enraizados na sociedade. Dessa forma, infere-se que a problemática é causada por descréditos do próprio povo brasileiro. Outrossim, destaca-se que os impactos dessa adversidade não são mais toleráveis, considerando que englobam situações de discrepância salarial e desrespeito social, segundo artigo no site Terra. Além disso, observa-se que a nação brasileira não demonstra sinais de melhora - pelo contrário, segundo o jornal O Globo, o Brasil caiu onze posições no ranking global de igualdade de gênero no ano de 2017 - o que demonstra a situação crítica do país e a necessidade de medidas a serem tomadas. Desse modo, fica clara a necessidade de uma intervenção do Estado. Cabe ao Ministério da Educação promover a criação de campanhas e palestras em escolas e instituições públicas, ministradas por psicólogos e pedagogos, com o intuito de conscientizar a população sobre a desigualdade entre os sexos, para que o preconceito arraigado na sociedade possa ser combatido. Assim, contornando o fenômeno explorado por Murakami, o cenário de desigualdade de gênero poderá ser superado no Brasil.