O movimento HeForShe foi criado pela ONU mulheres, Entidade das Nações Unidas, com o objetivo de promover um esforço global para que os homens se envolvam na luta de igualdade de gênero. Isso porque, em pleno século XXI, as mulheres, ainda, precisam enfrentar uma realidade com diversas barreiras sociais e culturais, que as impedem de atingir seus potenciais e que, usualmente, são impostas pelos homens. Realidade essa, que se manterá, caso nada seja feito a respeito. Sob a ameaça de retaliações e violência, as mulheres viveram, durante anos, exclusivamente, em função dos maridos, dos filhos e do bom costume. Até que, a partir do século XX, movimentos como o HeForShe e, principalmente, os movimentos feministas passaram a lutar pela igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, permitindo, assim, que essas pudessem fazer suas próprias escolhas e pudessem adentrar ao mercado de trabalho. Contudo, até hoje, as mulheres não são remuneradas tão bem quanto os homens. Geralmente, porque as mulheres são vistas como “inferiores” e pelo fato de engravidarem. Comprovado pelos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia), segundo os quais as mulheres têm uma escolaridade maior e, mesmo assim, elas chegam a receber até 53% a menos do que os homens. Além disso, as mulheres, ainda, não podem escolher qualquer tipo de ofício, haja vista que certas profissões, aos olhos da sociedade, “são de homens”. Na China, por exemplo, as mulheres são impedidas por lei de ingressar em cursos como engenharia naval, civil e de mineração. Infere-se, portanto, que a igualdade de gênero, até então, não foi alcançada em nenhuma civilização. Sendo necessário para mudar essa realidade, no Brasil, que o Legislativo aprove o projeto de lei que criará cotas para mulheres dentro de empresas, pois, assim, as mulheres conseguirão maior oportunidade de trabalho. Ademais, o Ministério da Educação precisa tornar obrigatório o ensino de gênero, que trabalhará a igualdade de gênero e o histórico das lutas feministas, desmistificando ideias como a de que meninas e meninos têm que brincar de coisas diferentes. Desta forma, em longo prazo, acabar-se-ão as discriminações por gênero, tendo em vista que a base do preconceito é a falta de conhecimento.