De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo contemporâneo, a “modernidade líquida” assim denominada por ele o período atual é caracterizada pela ausência da solidez nas relações sociais. Essa inconsistência é intensificada com o advento da desigualdade de gênero, visto que, é um problema que possui aspectos históricos. Embora com vários movimentos feministas e inúmeras conquistas as mulheres ainda não possuem um espaço de igualdade. Nesse sentido, é válido refletir sobre os fatores que contribuem a manutenção dessa problemática. Em pleno século XXI, é comum, mesmo depois de vários movimentos de igualdade e avanço da tecnologia, os homens possuírem um privilégio sobre as mulheres. Desse modo, ganha-se destaque a cultura da sociedade patriarcal. O machismo, impregnado nas nossas raízes históricas, tem como finalidade a submissão das mulheres gerando assim a desigualdade de gênero. Consequentemente tal questão fere o direito fundamental garantido pela Constituição Federal: igualdade de homens e mulheres. Além disso, há inúmeros problemas enfrentados pelas mulheres por causa do machismo que estão submetidas, exemplo disso é o estigma do sexo frágil e a desigualdade salarial mesmo as mulheres possuindo a mesma função. Entretanto, os movimentos feministas ganham força dia-a-dia, a luta pela equidade de gênero ganha o apoio não só de mulheres mas também de homens. Dessa maneira, percebe-se a importância de tais movimentos para um país mais igualitário. Nessa perspectiva, parafraseando Simone de Beavoiur, os padrões de gêneros não são biológicos, mas sociais, logo podem ser redefinidos. Portanto, as instituições de ensino juntamente com a família devem proporcionar palestras de conscientização e sensibilização para a formação da juventude mais igualitária. É necessário os meios midiáticos em conjunto com ONGs apresentarem campanhas em novelas, propagandas e em redes sociais para que chegue em maior número de pessoas. O poder público deve dar incentivo para que a ideia de que homens e mulheres são iguais seja propagado e assim faça valer o direito a igualdade.