Apesar do patriarcalismo, organização social em que, predominantemente, a autoridade é a paterna, estar enraizado nas diversas sociedades e ser o maior obstáculo para alcançar a igualdade de gênero, esse sistema social é quebrável. No Brasil, obtivemos um retrocesso na busca pela igualdade de gênero. É provável, que tal regressão aconteça pela falta de incentivo do Estado, e ainda, há uma grande dose de conservadorismo assombrando o país. Sendo estes os maiores problemas. A falta de incentivo do Governo brasileiro para diminuir a grande disparidade entre homens e mulheres é máxima. Em Ruanda, no continente africano, uma das populações mais pobres do mundo, as mulheres não tinham acesso a seus direitos básicos e, em poucas décadas, tais diferenças foram mudadas. E atualmente, no ano de 2018 mais de 60% dos cargos públicos são ocupados por mulheres, segundo dados do próprio Congresso da Republica de Ruanda. Já no Brasil a falta de representatividade feminina na política é exorbitante. Ademais, nas eleições de 2018 para presidente, há um cenário caótico. De modo que, nas corridas eleitorais o candidato que está à frente nas pesquisas é um tanto conservador, e tem como principais características ser misógino e sexista por suas declarações, garantindo grande rejeição do eleitorado feminino. Logo, deixa claro o quão longe estamos de Ruanda nesse aspecto. Dessa forma, convém analisarmos que a igualdade de gênero no Brasil é utópica no momento, visto que o retrocesso se instala cada vez mais com a instabilidade política e a incerteza do resultado das eleições assombra qualquer pretensão a proposta. Com a finalidade, de mudar a desigualdade de gênero cabe ao Governo em acordo com o STF (Supremo Tribunal Federal), para que se coloque uma Emenda constitucional, que torne obrigatório o preenchimento de pelo menos 30% dos cargos públicos ocupados por mulheres, acarretando na diminuição de tal disparidade entre gêneros.