Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 05, todos cidadãos brasileiros são iguais perante a lei. Apesar disso, quando se observa os desafios da igualdade de gênero no Brasil, atualmente, percebe-se que o ideal defendido pela carta magna não é assimilado no cotidiano. Assim, a problemática persiste associada à realidade do país, seja por conta do estigma do sexo frágil, seja pela ineficiência de políticas que garantam a igualdade de gênero. Convém ressaltar, em primeiro lugar, que o estereótipo do sexo frágil, associado ao gênero feminino, está entre as causas do problema, uma vez que a associação da imagem da mulher às funções de cunho caseiro, típica do século XX, ainda está muito presente na sociedade contemporânea. Por conseguinte, isso gera uma certa disparidade no tocante à atribuição social dos gêneros, já que esse estigma desfavorece o sexo feminino em detrimento do masculino, sobretudo na questão salarial. Outrossim, destaca-se a fragilidade das leis que asseguram a equidade entre os gêneros como um impulsionador da vicissitude. Como dito pelo escritor Augusto Cury, "o sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças". Dessa forma, faz-se necessário que, por meio da legalidade, a igualdade seja garantida, haja vista que a preferência por determinado grupo para exercer certa função é uma realidade. Assim, uma solução viável ao problema apresentado seria por meio da intervenção da mídia, em parceria com Organizações Não Governamentais, elaborando campanhas que abordem a igualdade de gênero, por meio dos principais veículos de comunicação, visando realçar ao público a importância do respeito à igualdade de direitos. Além disso, cabe ao Ministério da Segurança Pública ofertar uma ouvidoria pública online à comunidade, que receba denúncias anônimas sobre os casos de discriminação de gênero. Dessa forma, o artigo 05 da constituição poderá ser garantido.