Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 29/09/2018

Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, todo indivíduo deve ser tratado de forma igualitária, independentemente do gênero. No entanto quando se observa a sociedade brasileira machista, enxergando a mulher como o sexo frágil, verifica-se que esse ideal igualitário é constatado na teoria e não na prática. Nesse contexto de preconceito social, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a diferença salarial e as atitudes que consolidam esse fato social. É indubitável que a questão da diferença salarial é fator determinante para esse problema. Comprova-se isso por meio de uma pesquisa feita pelo Datafolha e publicada no jornal Folha de São Paulo, em que mais de 70% das mulheres que ocupam o mesmo cargo que homens não ganham o mesmo salário. Como consequência, há uma desvalorização da mão de obra feminina, o que acarreta na aceitação do salário estipulado no mercado de trabalho, contribuindo para um problema social com dimensões cada vez maiores. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para diminuir essa problemática é combater esse estereótipo da sociedade. Outrossim, destaca-se como efeito negativo certas atitudes que costumaram ser rotineiro dentro da sociedade brasileira, impulsionando ainda mais esse preconceito. Um exemplo disso está em frases como: ‘’ mulher no volante, perigo constante, lugar de mulher é na cozinha’’. Tal ação ocorre devido à sociedade machista que ainda impera no Brasil. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que esses jargões funcionam como a Primeira Lei de Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o percurso. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é imprescindível para que esses jargões saiam na inércia e transponham as barreiras do preconceito. É evidente, portanto, que ainda há entraves para a solidificação de atitudes que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, seria interessante que a mídia, o quarto poder, abordasse essa temática por meio de novelas, peças publicitárias com o fito de alertar a população sobre a importância da igualdade de direitos dentro de uma sociedade democrática. Ademais, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos que discutam a desigualdade de gênero dentro da sociedade, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus, agindo como a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema. Por fim, poder-se-á afirma que uma pátria educadora se adequa de forma exitosa aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.