Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 29/09/2018

No Brasil, nação moldada pelas lógicas colonial e hierárquica, percebe-se que a desigualdade de gênero é algo recorrente, conforme revela o aumento de tal taxa, medida pelo Fórum Econômico Mundial, em 2017. Nessa perspectiva, vale frisar que esse desajuste decorre da cultura patriarcal inserida na população, bem como da ineficiência do Estado em garantir a equidade social. Cabe, dessa maneira, discutir os desafios inerentes à instauração dessa igualdade e como amenizá-los. Em primeiro plano, é importante destacar a relação entre o passado histórico brasileiro e a dificuldade em se assumir a equipolência de oportunidades e de tratamento aos diferentes gêneros. A partir da chegada dos portugueses, criou-se, no Brasil, uma estrutura social que privilegiava o senhor do engenho, isto é, o responsável pela manutenção da economia colonial. Contudo, tal aspecto enraizou-se tanto que, mesmo no período republicano, é possível identificar o hábito de se prestigiar a figura masculina como única detentora dos modos de sobrevivência, fato que não corresponde à realidade globalizada atual, em que a mulher passou a ser mais incorporada no mercado de trabalho. Assim, nota-se a urgência de se discutir essa questão cultural nas escolas. Por outro lado, é necessário ressaltar que, ao verificar o acirramento de tal injustiça no país, constata-se a incapacidade do Estado em gerir suas obrigações. De acordo com o Artigo 5º da Constituição, todas as pessoas, independentemente do gênero, são iguais em direitos. Isso significa que qualquer tipo de discriminação referente à identidade social de um cidadão influi contra uma cláusula pétrea da nação. Nesse sentido, tendo em vista que tal discurso é reproduzido por parlamentares, como foi o caso do deputado Bolsonaro ao se referir à competência das mulheres, em entrevista da Rede TV, em 2016, fica evidente a primordialidade de o Estado Brasileiro criar mecanismos mais eficazes contra esse tipo de ação. Diante do discutido, infere-se que os entraves referentes à igualdade de gênero no país possuem origem na formação histórica da nação, assim como na deficiência estatal em não punir adequadamente pessoas físicas e jurídicas que reproduzem tal injustiça. Para solucionar tais problemas, portanto, concerne às escolas, em suas feiras de ciências, promoverem a produção de banners, por parte dos alunos, que destaquem os pensamentos de personalidades feministas mundiais, como as filósofas Simone de Beauvoir e Rosa Luxemburgo, a fim de que os alunos e as famílias aprimorem suas consciências sociais a respeito do papel da mulher na sociedade. Outrossim, é mister que o Estado, por meio do Ministério dos Direitos Humanos, crie campanhas nas redes sociais, como hashtags no Facebook, que atentem à importância da denúncia dessa desigualdade, com o fito de que tal mazela possa ser judicializada mais celeremente. A partir dessas ações, ver-se-á a consolidação das prerrogativas contidas na Carta Magna do país.