No ano de 1932, durante o Governo de Getúlio Vargas, tal presidente decretou uma lei que assegurou às mulheres brasileiras o direito de votar. De fato uma grande conquista, porém não suficiente para eliminar a desigualdade de gênero do Brasil, desigualdade essa que ocorre até hoje, a exemplo da diferença salarial e da baixa representatividade feminina no Congresso. A respeito da desigualdade salarial, a origem está no fato de que o homem ocupa cargos mais importantes na sociedade, por isso o salário, em média, é maior. O que ocorre com muitas mulheres é achar que precisa abandonar a vida profissional e/ou estudos para cuidar da família, enquanto o marido se mantém empregado para garantir o sustento. Isso implica em promoções para os homens que se mantém no mercado de trabalho, enquanto as mulheres que se tornam mães não passam muito tempo empregadas, assim gerando menos renda para o sustento da família. Em relação à baixa representatividade das mulheres na política, da mesma forma que ocorre no mercado de trabalho, muitas optam por se dedicar exclusivamente aos filhos, e em alguns casos, ao trabalho, assim descartando entrada na vida pública. A baixa quantidade de mulheres interessadas e engajadas na política não é interessante à sociedade, pois em um país com 52% de mulheres, a visão feminina presente no Congresso e demais órgãos do Governo é indispensável para tomar as decisões da forma mais democrática possível. Consoante a Jean Jacques Rousseau em sua obra "Do Contrato Social", a mais antiga das sociedades, e a única natural, é a da família. Manter e criar mais famílias é indispensável para qualquer sociedade que pretenda continuar a existir, porém conseguir mais renda e participar das decisões sociais também é. As mulheres devem ser informadas, desde a infância, que possuem as mesmas capacidades de trabalho e sociais que os homens. O Governo Federal deve disponibilizar verba para canais de TV, rádios e sites mais acessados, sob a condição desses informarem a população feminina de suas capacidades. Também deve haver investimento público em creches de tempo integral para pôr as crianças, permitindo assim que tanto a mãe quanto o pai trabalhem.