Durante o período paleolítico, homens e mulheres se organizavam em tribos de coletores e caçadores e tinham a mesma influência sobre as decisões dos grupos. Nesse contexto, o atual recuo da mulher no âmbito político e na interação econômica intensifica a desigualdade de gênero no Brasil. A princípio, a ausência do empoderamento feminino na política corrobora o impasse. Segundo o jornal “ Estadão ”, cerca de 57% dos eleitores são mulheres, mas apenas 10% representam cargos políticos. Desse modo, a baixa representatividade das mulheres no meio político, acaba gerando uma desvalorização de seus interesses sociais. Outrossim, a carente atuação da mulher no meio econômico agrava à problemática. A forte distinção social de cargos e áreas determinadas a homens ou mulheres aumenta a desigualdade, visto que o ideal de superioridade de gênero acaba construindo a desvalorização da mulher no meio trabalhista. Dessa forma, o cenário desigual vivido pelas brasileiras fortalece as palavras da ex-presidente Dilma Rosseff, que afirma “ A igualdade de oportunidades para homens e mulheres faz parte da democracia ” . Torna-se evidente, portanto, que a desigualdade de gênero no Brasil precisa ser combatida. Para tanto, o Poder Legislativo deve criar uma emenda constitucional visando a fiscalização de mulheres em partidos, por meio de relatórios de metas e planos idealizados por mulheres candidatas a cargos políticos, para que haja um incentivo ao público feminino de ingressar na política. Além disso, o Ministério das Cidades em parceria de ONGs deve criar projetos de capacitação, por meio de aulas, cursos e estágios técnicos, para que a valorização da mulher se inicie desconstruindo padrões e promovendo atuação econômica.