Biologicamente, a diferença entre o gênero masculino e o feminino se faz necessária para que haja a continuidade da existência humana na Terra. No entanto, em um escritório, por exemplo, persistem desigualdades (principalmente salariais) que, em uma sociedade evoluída, não fazem sentido. A questão é intrigante, e não se sabe exatamente a origem dessa enraizada diferenciação social entre gêneros, porém existem fatores que contribuem para que isso seja perpetuado. Hoje, a maioria das mulheres brasileiras têm que enfrentar uma dupla jornada de trabalho, casa e emprego. Têm que cuidar dos filhos e marido, e ainda trabalhar. Nossa sociedade ainda acredita que existam funções específicas para homens e mulheres, e quando isso sai do padrão, a homofobia se manifesta e colocam rótulos nas pessoas, por exemplo, se um homem decide virar estilista, é porque necessariamente é homossexual, o mesmo ocorre quando uma mulher decide ser jogadora de futebol. Falas como a da ministra Damares Alves, que diz "menino usa azul e menina usa rosa!" são extremamente contraproducentes no combate à desigualdade de gênero. A sociedade é dinâmica, e certamente se adaptará ao empoderamento feminino que está tendo uma minima voz nesses últimos tempos, porém para que diferenças entre gêneros sejam, ao menos, reduzidas, o Governo Federal deve, em parceria com Ministérios, promover a implantação de ações afirmativas que visem inserir a mulher em lugares essencialmente "masculinos", como bolsas para atletas de futebol feminino, cotas para mulheres em concursos públicos e incentivos financeiros para que mulheres em dupla jornada possam buscar a independência financeira. Desse modo, a desigualdade de gênero pode se reservar a ter lugar somente em instituições religiosas, e não em uma sociedade desenvolvida.