Joana D'arc, Marie Curie, Ayn Rand, Margaret Thatcher, etc. Diante de tantas mulheres com contribuições substanciais para a humanidade, nas mais variadas áreas, se torna incompreensível o fato de que em pleno século XXI ainda exista um pensamento retrógrado em relação à participação da mulher na sociedade. Tal pensamento, alimentado pelo preconceito, sustenta a grande desigualdade de gênero enfrentada obstinadamente pelas mulheres. É fato que homens e mulheres são fisiológica e psicologicamente diferentes. Afinal, por incontáveis anos de evolução biológica e social, a natureza impôs a necessária e espontânea divisão do trabalho entre os dois gêneros. Porém, não se justifica que, em tempos de civilizações avançadas em informação e tecnologia, ainda existam idéias preestabelecidas de como a mulher deve ser, baseadas em conceitos neandertais. Tais conceitos valorizam mais as características masculinas, ignorando o valor e potencialidades das femininas. Gerando preconceito e desigualdade. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil caiu 23 posições de 2006 para 2017 no índice de igualdade global de gênero. De acordo com a entidade, o aumento mundial na desigualdade é pautado principalmente pela queda de equalidade política e econômica entre homens e mulheres. Em consequência da expectativa social e de condições desiguais (de salário e oportunidades), a mulher é forte. E como atestado pela filósofa Simone de Beauvoir: "Não se nasce mulher, torna-se". Diante do exposto, faz-se necessário que o Poder Legislativo na esfera federal, desenvolva leis de igualdade salarial entre homens e mulheres em mesmo cargo; com um judiciário eficiente na interpretação das leis já existentes para proteção do direito da mulher. Sobretudo, é necessário que a comunidade local - através de pessoas conscientes - aja, sem temor, diante de uma situação antiética baseada em gênero. Dessa forma, visando minar a irracionalidade e o preconceito, que segundo Voltaire, é a razão dos tolos.