Promulgada em 1988, a Constituição Federal, normal de maior importância no Brasil, estabelece a igualdade entre todos os cidadãos. Entretanto, essa realidade não é contemplada pela sociedade brasileira, pois, mesmo com os avanços sociais, as mulheres apresentam grande desvalorização em relação aos homens. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem a persistência da desigualdade de gênero no Brasil e seus impactos no convívio social. Deve-se pontuar, inicialmente, que ao longo dos séculos a mulher sempre foi vista como dependente do homem, porém, a desconstrução dessa ideia é um debate pertinente na sociedade atual. Sob esse aspecto, baseando-se no conceito bíblico de que a mulher foi criada de um fragmento do homem, o estigma de inferioridade feminina ganhou força na Idade Média, período de popularização do catolicismo, se desenvolvendo ao longo dos anos e formando a sociedade atual. Nesse contexto, segundo o G1, famoso portal de notícias, mulheres ainda ganham menos que os homens em todos os cargos, confirmando que esse problema não cessou com o tempo. Diante disso, é inconcebível que, mesmo com as lutas sociais que possibilitaram o avanço político e social das minorias, ainda exista desigualdade de gênero no Brasil. É possível destacar, ainda, que, a cultura machista, perpetuada em grande parte da sociedade, impossibilita que a mulher exerça plenamente sua liberdade de expressão, dificultando a organização de movimentos feministas. De acordo com Coco Chanel, ex-estilista francesa, “as mulheres têm sido as mais fortes do mundo”, exaltando o caráter revolucionário da luta feminina, que fica evidente em momentos da história, como a Revolução Francesa, Revolução Russa e Revolução Constitucionalista. Porém, no Brasil, esses fatos ainda são pouco popularizados, descredibilizando a luta das mulheres nas conquistas políticas e sociais. Assim, só a educação e o empoderamento feminino possibilitam a mudança desse contexto, causando, gradualmente, a igualdade de gênero. Faz-se necessário, por fim, propor medidas que proporcionem a equiparação dos gêneros na sociedade brasileira. Para isso, o Governo, em parceria com o Ministério da Educação, deve promover, por meio das mídias digitais, campanhas que exaltem a importância da mulher nas conquistas ao longo do tempo, com o objetivo de trazer consciência política e empoderar o público feminino. De forma complementar, o Senado, em conjunto com o Poder Executivo, deve fiscalizar com maior rigor as empresas que atribuem remunerações menores para mulheres que estão em mesmos cargos que homens, visando diminuir essa desigualdade. A partir dessas ações, espera-se que a igualdade entre homens e mulheres seja alcançada brevemente.