Título da redação:

Desconstruindo barreiras históricas.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 29/10/2018

Nas sociedades antigas, era comum o predomínio do caráter patriarcal e do tradicionalismo, os quais exerciam grande importância na organização sociopolítica, atribuindo valor superior à figura masculina, e o feminino sendo colocado em grau de irrelevância em muitas delas. Atualmente, embora muitas mudanças e conquistas tenham assolado o mundo contemporâneo, ainda é possível presenciar, no Brasil, em diferentes setores nas comunidades, a presença de desigualdade de gênero, direcionando o país para o desenvolvimento problemático, retrógrado e desproporcional, sendo prejudicial para a população como um todo. Logo, verifica-se que medidas políticas e sociais devem ser elaboradas para quebrar essas barreiras. Segundo o físico teórico alemão Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Com base nessa afirmação, pode-se observar que, nacionalmente, muitos traços da desigualdade entre homens, mulheres e outros grupos, como os LGBTIs, são encontrados nos ramos políticos, econômicos, entre outros. Em decorrência disso, há uma mínima representação em parlamentos e cargos políticos de mulheres, entre elas negras, indígenas e outros grupos minoritários, e a desproporcionalidade salarial em relação aos trabalhadores do sexo oposto, caracterizando, dessa maneira, a desvalorização e não reconhecimento do público feminino no país. Com isso, pode-se afirmar que tais problemas sociais podem reforçar ideais históricos negativos. Além do mais, dados do Fórum Econômico Mundial apontam que, em 2017, houve um aumento na desigualdade de gênero no Brasil. Devido a esses fatores, é constante, hoje em dia, o desencadeamento de casos de violência contra homossexuais e contra a mulher que, de acordo com a Lei Maria da Penha, pode ser de cunho físico, psicológico, moral e outras formas. Além disso, vale ressaltar que a fragilidade e, muitas vezes, o descaso de órgãos públicos e governamentais são impulsionadores dessa realidade, através da fraca assistência atribuída às mulheres e da carência de políticas que incentivem a valorização da imagem delas no âmbito social. Dessa forma, observa-se que a anomia política é um forte contribuinte para o estabelecimento de graves patologias na sociedade. Depreende-se, portanto, que propostas eficazes são necessárias para solucionar esse impasse. Posto isso, é fundamental que o governo, em conjunto com secretarias e órgãos sociais, proporcione um auxílio mais eficaz e imediato para mulheres e LGBTIs que sofrem com algum tipo de violência, por meio da criação de programas de atendimento eficientes e punições mais adequadas aos agressores, diminuindo o índice de tal prática no Brasil e desconstruindo preconceitos existentes. Ademais, é importante que o Congresso Nacional efetue a obrigatoriedade da equiparação salarial entre homens e mulheres e da representação delas e de outras minorias no contexto político, por intermédio da criação de cotas políticas e de leis para áreas econômicas e empresariais, a fim de estabelecer maior igualdade e participação social. Adotando tais ideias, a igualdade de gênero no Brasil será alcançada, quebrando barreiras enraizadas historicamente.