A partir do século XVIII, com o surgimento de ideais iluministas, os lemas de liberdade, igualdade e fraternidade fizeram-se cada vez mais presentes no mundo pós-iluminista. Entretanto, hodiernamente, a igualdade, assegurada pelo Art. 5° da Constituição de 1988 e pelos Direitos Humanos, não se faz presente no cotidiano verde e amarelo, levando a problemáticas como os desafios da igualdade de gênero de grande preocupação social. Em primeira análise, tomando como base o expoente iluminista Isaac Newton, é possível adotar sua terceira lei -ação e reação- para correlacionar aos mecanismos de causa e consequência do problema. Assim, como causa, nota-se a ideologia disseminada desde a antiguidade, principalmente por Aristóteles, que concebe a mulher como inferior ao homem e responsável apenas pelos afazeres do lar, visto que não teria capacidade de exercer papel de cidadã. E, hoje, após diversas revoluções e conquistas, muitos ainda se embasam nessa ideologia para inferiorizar a mulher em diversos âmbitos. Outrossim, como consequências, evidencia-se a violência contra mulher, em forma de agressões físicas e psicológicas, assédios sexuais e crescentes casos de feminicídio, aliás, segundo o G1, a cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil. Há, também, diferença salarial entre homens e mulheres com o mesmo cargo e a preferência por homens ocupando posições de gerência, de acordo com o IBGE, elas recebem menos de 70% do salário dos homens e ocupam cerca de 30% dos cargos gerenciais. Diante a tal causa e consequências, nota-se enorme segregação entre homem e mulher, gerando um desequilíbrio social. Nesse ínterim, torna-se evidente que os desafios da igualdade de gênero no Brasil apresentam entraves que necessitam ser revertidos. É essencial, portanto, que as instruções de ensino abordem o tema para desfazer a ideologia de Aristóteles que está enraizada na sociedade, de maneira a promover maior igualdade. Dessa forma, cabe a essas instituições organizar palestras e debates acerca das iguais capacidades entre homens e mulheres, com a presença de mulheres que são destaques em seus cargos, de forma a mostrar o potencial feminino. Ademais, quanto às crianças, deve incentivar brincadeiras compartilhadas entre meninos e meninas, para que crescem sem a ideia de inferioridade e incapacidade da mulher. Destarte, busca-se mitigar, ou até eliminar, a problemática e atingir o equilíbrio do mecanismo social.