A luta das mulheres pela igualdade de gênero é um processo histórico. O movimento das sufragistas no séc XIX lutou pelos direitos políticos femininos e só foi possível pela conscientização das mulheres a respeito de seu poder. No entanto, as conquistas históricas parecem ser encobertas por uma capa de falta de informação e desrespeito. O desafio da luta feminina começa na raiz da cultura brasileira: uma sociedade patriarcal e machista. Os diversos discursos machistas estão sempre omitidos por uma falsa ideia de proteção, fraqueza feminina e incapacidade biológica. Embora essas ideias, em alguns casos, até façam sentido, é necessário buscar coerência entre os discursos populares e os legais, pois a Constituição Federal assegura a igualdade de gênero. Assim, outro grande problema da luta pela igualdade é a falta de representatividade feminina. A sociedade brasileira precisa de figuras fortes na política, na economia e à frente de lutas sociais, pois essa é uma forma de mostrar o quão capazes elas são e quais são os direitos assegurados pela Constituição, pois a grande maioria não tem a acesso a esse documento e não compreende os próprios direitos e conquistas. Portanto, buscar a compreensão dos direitos é uma arma contra os preconceitos sofridos pelas mulheres. Sendo assim, seria interessante que o Ministério da educação inserisse uma disciplina escolar que discutisse a Constituição do Brasil, visando formar indivíduos conscientes dos próprios direitos. Além do papel das escolas que devem instigar debates que fortaleçam a ideia de uma igualdade que deixe de proteger para promover.