Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 04/11/2016

Segundo Rousseau, “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”. Há uma grande sabedoria atribuída a essa frase quando se quer dizer dos portadores de necessidades especiais e os desafios que encontram, por exemplo, na educação especial inclusiva no Brasil. Isso porque ainda é perceptível a existência do preconceito com o indivíduo que possui algum tipo de deficiência e as falhas que a educação brasileira, não raro, possui. Na época das civilizações medievais já existia a cultura de exclusão e abandono das crianças portadoras de necessidades especiais. Dessa forma, pode-se perceber que o preconceito com indivíduos deficientes está enraizado em um contexto histórico. Essas pessoas, nesse sentido, já alcançam quase um quarto da população, aproximadamente 24% segundo o IBGE, sendo notório que a sociedade, em sua maioria, necessita dar mais atenção às pessoas que possuem algum tipo de deficiência, como nas escolas, uma vez que um número ínfimo delas têm estruturas inclusivas aos deficientes, incluindo itens básicos de acessibilidade, como corrimões, rampas e banheiros apropriados, segundo o Inep, 3 em cada 4 escolas não possuem essas arquiteturas inclusivas, demonstrando, não raro, os desafios que elas possuem e a falta de respeito com o indivíduo carente de necessidade especial. Além disso, embora existam inúmeras leis garantindo a acessibilidade aos deficientes, é notório o abismo entre o que elas declaram e a realidade brasileira. O Estatuto da Pessoa com Deficiência, nesse contexto, visa promover essa maior facilidade de acesso a esses indivíduos. Todavia as escolas são um grande exemplo de que muitas leis no Brasil são bonitas apenas em tese, pela precariedade da inclusão de alunos portadores de necessidades especiais. Nesse âmbito, é essencial lembrar que o esporte paraolímpico é um mecanismo excelente de inclusão desses indivíduos, que deveria ser mais incentivado pelas instituições escolares por exemplo, provando o quanto essas pessoas são capazes de realizar quando recebem oportunidades, prova disso foi na campanha da delegação brasileira nos jogos paraolímpicos de Londres em 2012, que obteve um resultado sete vezes melhor que a olimpíada. Diante desse cenário, percebe-se que medidas não necessárias para resolver o impasse dos desafios da educação para deficientes físicos no Brasil. Em função disso, faz-se necessário que o governo promova maiores construções de quadras - principalmente adaptadas aos portadores de necessidades especiais - nas escolas, visando ao incentivo de que esses indivíduos encontrem no esporte um meio de ascensão social. Outrossim, é de suma importância que os cursos de licenciatura tenham em sua grade o curso de LIBRAS, promovendo acessibilidade nas escolas, também, aos deficientes auditivos e mudos, viabilizando que o preconceito seja minimizado, já que como disse Albert Einstein, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Simultaneamente, a educação fornecida pela relação família-escola é imprescindível para que desenvolva, desde as fases iniciais, a formação de indivíduos com maior noção de respeito e coletividade com aqueles que, mesmo temporariamente, são portadores de necessidades especiais, uma vez que, segundo Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.