Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas afirmavam que as pessoas com deficiência manchavam a pureza ariana e, por isso, mereciam a morte. Conquanto, no Brasil atual, o percentual de inclusão das crianças especiais nas escolas públicas subiu para 93%, de acordo com dados do Censo Escolar. No entanto, essa educação especial inclusiva ainda sofre diversos contratempos no país, como escolas sem estruturas adequadas e falta de preparo por parte dos professores e alunos. Relativo à estrutura das escolas, muitas não são construídas com equipamentos específicos para crianças com deficiência. Sendo assim, muitas pessoas defendem a criação de uma escola comum e outra especial, com todas as adaptações adequadas. Entretanto, isso pode aumentar o preconceito e a segregação, uma vez que estas crianças ficariam distantes da realidade social, gerando uma contradição no processo inclusivo. O ideal seriam escolas em que todos pudessem conviver juntos, sem distinção. Convém lembrar ainda que, no que diz respeito à aptidão, uma grande parte do corpo docente não é capacitado para lidar com pessoas com deficiência, visto que muitos não sabem se comunicar na linguagem dos sinais, nem possuem métodos didáticos voltados para elas. Ademais, a falta de preparo também é observada no corpo discente, haja vista que muitos alunos exalam preconceitos, porque consideram o deficiente como um ser inferior e incapaz, fazendo com que muitos sintam-se relutantes em participar da vida acadêmica e social. Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para evitar tais impasses. Tão logo, faz-se necessário que o governo disponibilize um investimento maior para reformas e construção de escolas adaptadas. Além disso, na esfera escolar, o MEC (Ministério da Educação) deve tornar obrigatórias as matérias, nos cursos de licenciatura, que visem o melhor preparo do professor e, junto a isso, publicar histórias em quadrinhos com o tema da inclusão, além de fornecer palestras, ofertadas por especialistas em educação inclusiva, destinadas aos alunos, objetivando mostrar que o preconceito só traz danos à sociedade e que a educação é a base para a inclusão, uma vez que, segundo o filósofo Immanuel Kant “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”.