Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 01/11/2016

No filme canadense, “Café de Flore”, a mãe de um garoto com Síndrome de Down luta, em meados do século XX, para que ele consiga atingir um alto nível de cognição. Ao invés de colocá-lo em um colégio apenas para pessoas especiais, ela opta por uma escola que aceite todas as crianças, o que vai de encontro ao pensamento vigente da época. Ainda hoje, não foi superada a ideia de que é necessário segregar o diferente. Dessa maneira, principalmente no Brasil, onde o respeito à diversidade ainda é bastante tímido, a educação inclusiva é vítima de preconceitos e precisa de reformas. A principal adversidade na realização de uma educação para todos é a intolerância. Devido aos constantes ataques à democracia do país, como, o golpe do Estado Novo e a Ditadura Militar, o povo brasileiro não está acostumado a conviver com a diversidade, visto que apenas em um regime democrático, em teoria, não há um padrão homogêneo que deve ser seguido. Consequentemente, quando se fala na inclusão de pessoas com algum tipo de limitação física ou cognitiva, as pessoas se opõem, pois, para elas é mais fácil segregar do que conviver com o desconhecido. Apesar da discriminação ser o maior impasse para o sucesso desse tipo de ensino, ainda há problemas na acessibilidade. Estes não se limitam ao ambiente escolar, mas torna-se imprescindível contorná-los para promoção de aprendizagem eficiente. Deficientes físicos e sensitivos necessitam de uma arquitetura adaptada às suas limitações. Sendo então, necessária a construção de rampas e elevadores para cadeirantes e livros falados para deficientes visuais, por exemplo. Entretanto a dificuldade de acessibilidade não deve ser uma desculpa para postergar uma educação universalizada. Posto que, por muito tempo, as instituições especializadas mostraram-se ineficientes por não propiciarem um ambiente estimulador do intelecto, o qual impedia indivíduos excepcionais a atingirem melhores níveis acadêmicos. Contudo, nas escolas regulares, por maiores que sejam suas limitações, podem ser transformadas e propiciar, além de uma melhoria de ensino para pessoas especiais, um maior respeito às diferenças. Conforme o que foi apresentado, fica claro que a segregação não deve ser mais uma opção do século XXI e que, apenas com a convivência heterogênea é possível superar violências contra o distinto. Portanto, é preciso conscientizar as pessoas sobre a importância da inclusão. Para tal, podem ser feitas, pelo Ministério da Educação e o Ministério da Saúde, campanhas midiáticas e publicitárias em outdoors sobre os benefícios da convivência com a diversidade e a criação de uma sociedade com mais oportunidades para todos. Além disso, é necessário que as escolas adaptem-se as necessidades de pessoas diferentes, portanto é necessário que o legislativo promulgue leis de reforma para a acessibilidade.