“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.” Essa frase é encontrada no caput do artigo 5º da constituição federal brasileira, o que, de forma sucinta, mostra que todos os cidadãos brasileiros são iguais, independentemente de qualquer coisa. Entretanto, na prática, muitas vezes não se observa a execução desse direito, pois, na esfera da educação, muitas pessoas, por alguma deficiência, são impedidas de estudar em escolas comuns e acabam deixando as escolas por não haver turmas que atendam às suas necessidades, problema ainda pior no ensino superior, em que muitos estudantes deixam de realizar o seu sonho profissional por não conseguir acompanhar os cursos. Tal situação, ocorre principalmente por falta de escolas e profissionais que se adaptem às diversas condições dos alunos, bem como pela falta de sensibilização de grande parte da população frente às deficiências do próximo. De fato, o Brasil passa por diversos problemas econômicos, o que pode dificultar qualquer ação voltada à educação inclusiva, bem como à reparação de danos causados por negligências nesse âmbito. Entretanto, a educação é um direito de todos e, assim sendo, deve ser fornecida a todo e qualquer cidadão brasileiro, independentemente das condições em que esse se encontra. Ademais, educação deve ser tratada como uma prioridade a fim de se ter uma sociedade mais justa e igualitária a todos os cidadãos. Outrossim, muitos profissionais não são capacitados para atender, da melhor maneira possível as pessoas que possuem algum tipo de deficiência física ou mental, bem como algumas escolas e universidades não possuem estrutura para isso, o que dificulta bastante a inserção desses alunos nas escolas, consequentemente, o respeito aos seus direitos à educação. Nesse prisma, muitas opiniões divergem: alguns alegam que o governo não tem condições de atender a população comum, quanto mais aos cidadãos que possuem algum tipo de deficiência. Porém, a constituição brasileira não distingue cidadãos que merecem ou não merecem direito à educação, e esses argumentos devem ser desprezados, pois fogem às prerrogativas contidos na constituição federal, mostrando que muitas pessoas desconhecem ou não entendem sobre o exercício de cidadania. Assim sendo, urge a necessidade que o estado promova capacitação profissional para os profissionais de educação, a fim de que consigam atender os estudantes que têm alguma deficiência, seja física ou mental, bem como que adapte as instituições de ensino para receber esses alunos da maneira mais confortável possível. Paralelamente a isso, se faz necessário que o Estado promova palestras sobre educação inclusiva, em escolas, universidades, parques, terminais de ônibus, visando conscientizar a população à respeito dos problemas enfrentados pelos deficientes e que eles merecem e possuem o direito de estudar também, assim como todos os cidadãos, pois todos são iguais perante a lei.