Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 30/10/2016

Promulgada no contexto da redemocratização brasileira, a chamada “Constituição Cidadã” de 1988 foi responsável pela ampliação dos direitos sociais no país, entre eles, o acesso à educação aos portadores de deficiência. Em contrapartida, a questão da educação inclusiva persiste intrinsecamente ligada à realidade do Brasil. Cabe, portanto, analisar os agentes que atuam na manutenção dessa problemática contemporânea. Em primeiro plano, vale ressaltar a importância da educação no tange à inclusão dos deficientes físicos na sociedade. Consoante a tábula rasa de John Locke, a mente humana é, no nascimento, como uma tela em branco e toda a visão de mundo é formada a partir daí. Por conseguinte, é na infância que se dá a formação de preconceitos e uma boa educação é capaz de evitá-los. Nessa perspectiva, a convivência, na infância, entre crianças “normais” e as portadoras de deficiência é imprescindível para a formação de uma sociedade mais tolerante. Há, no entanto, uma série de desafios que impedem a consolidação de uma educação inclusiva no Brasil. Diversas instituições dificultam a entrada dos deficientes por meio de taxas extras nas mensalidades e até mesmo negação do pedido de matrícula. Há, ainda, a falta de preparação das escolas em receber essa parcela da população: falta uma melhor formação dos docentes em relação a essa situação, bem como a adaptação do espaço para receber tais alunos – como a instalação de rampas de acessibilidade e disponibilidade de profissionais especiais, a exemplo do intérprete de Libras. Por fim, torna-se evidente a necessidade de medidas para resolver o impasse supracitado. Como já dizia Immanuel Kant, “é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”. Assim sendo, recai sobre o Ministério da Educação, através das instituições de ensino, o compromisso de formar uma sociedade mais tolerante. A princípio, devem ser instituídas, para os profissionais da educação, palestras ministradas por psicólogos e médicos, que discutam maneiras de lidar com as crianças especiais no âmbito escolar. Ademais, o Estado deve criar um órgão público que fiscalize e aplique punições às escolas que não possuam a infraestrutura necessária para proporcionar uma educação de qualidade a essas crianças. Pode-se, assim, tornar pleno o direito à educação já previsto na Carta Magna brasileira.