Desde a Antiguidade, as pessoas com algum tipo de deficiência são discriminadas, pois de acordo com Aristóteles, é injusto tratar os desiguais de maneira igual. Milênios se passaram e alguns direitos como a educação inclusiva foram garantidos pelos portadores de deficiências. Entretanto, ainda há desafios a serem superados para uma abrangência maior dessa educação que visa a equiparação de oportunidades entre os desiguais. É indubitável que a educação é um direito de todos, assegurado pela Constituição Federal de 1988. Em vista disso, as pessoas com deficiência devem ser incluídas no processo de aprendizagem, a partir da adaptação das escolas e formação de professores capacitados. Tais mudanças foram implementadas aos poucos nas escolas, prova disso são dados do Governo que apontam crescimento de 93% no número de deficientes matriculados em escolas comuns de 1990 até a década atual. Outrossim, há ainda a necessidade de diminuir a discriminação dos deficientes nas esferas sociais. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 14,5% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Apesar do índice elevado, a discriminação também se faz presente na educação, pois algumas escolas não matriculam alunos devido às suas limitações. No entanto, o evento das paraolimpíadas consegue demonstrar todo o potencial, inteligência e competência dos participantes. Contribuindo assim, para a eliminação do estigma de incapacidade. Ficam claros, portanto, que são necessárias novas alternativas para a educação especial inclusiva. Em vista disso, o Ministério da Educação deve investir mais na formação de professores da educação especial, implantar recursos multifuncionais nas salas de aula e adequar os prédios escolares para a acessibilidade. Além disso, cabe ao Governo Federal, a divulgação de campanhas na televisão aberta para a diminuição da discriminação aos deficientes, sejam eles físicos ou ou mentais, além de criar grupos de apoio às famílias destes e promover o esporte como ferramenta de inclusão. Desse modo, haverá uma inserção plena dos deficientes no processo educativo e consequente diminuição da discriminação.