A constituição brasileira é clara ao garantir a todos os cidadãos os seus direitos básicos: saúde, educação, trabalho, moradia, dentre outros. Sendo assim, é constitucional o direito à educação a todos os portadores de necessidades especiais, sejam elas físicas ou mentais. No entanto, o exercício do direito à educação esbarra no preconceito da sociedade, no despreparo dos profissionais e na falta de recursos para tratar com alunos com necessidades educacionais especiais NEE. Um dos preceitos básicos da educação inclusiva é matrícula de alunos com NEE em escolas regulares. De fato, o convívio diário desde a infância entre portadores de NEE e alunos sem necessidades especiais estreita laços, diminui o preconceito e cria uma sociedade mais coesa e, consequentemente, menos segregada e preconceituosa. Assim, a educação de todos em um mesmo contexto escolar estabelece uma relação social mutualística com o benefício de todos os envolvidos inclusive a sociedade como um todo. No entanto, a visão teórica da inclusão de indivíduos com deficiência no ensino regular esbarra nas mazelas educacionais brasileiras. Logo, a inclusão de um indivíduo com NEE em uma sala superlotada de alunos e sem recursos didáticos adequados pode parecer demagogia para os professores que vivem a realidade diária em escolas públicas brasileiras. Sem treinamento adequado e com sobrecarga de trabalho tais profissionais se veriam impedidos de dar atenção suficiente ao aluno NEE. A falta de atenção culminaria com o menor estímulo ao seu desenvolvimento e, por conseguinte, limitaria sua aprendizagem. Diante do apresentado, observa-se a necessidade de uma educação especial inclusiva ao passo que há um despreparo da escola ao receber esse aluno. Dessa forma, a adequação e treinamento dos profissionais da educação é a melhor forma de atender tal demanda. As secretarias de saúde devem promover treinamento através de cursos e palestras a professores. Deve-se adequar fisicamente a instituição de ensino com acessibilidade a cadeirantes e a aquisição de material didático especial para esses alunos. Além disso, deve-se limitar o número de alunos por sala e/ou incluir a presença de monitores no assessoramento do professor.