A busca por condições de igualdade é um ideal presente em diversos movimentos sociais ao longo da história. No Brasil, a educação de pessoas com deficiência se manteve em segundo plano, na medida em que esses indivíduos foram inseridos em escolas que não estão preparadas para sua inclusão. Para Durkheim, os fatos sociais são exteriores ao indivíduo, isto é, são existentes na sociedade de forma coercitiva. No contexto educacional, pode-se dizer que a dificuldade na inclusão tem como causa, entre outros motivos, a fixação da ideia que segrega os indivíduos com deficiência, considerando como inferiores intelectual ou fisicamente em suas capacidades. Com isso, cria-se o sentimento de “pena”, fato que se tornou exterior à sociedade brasileira, e com forte presença no meio escolar. É importante pontuar que para educar a criança com necessidades especiais, a Escola, como instituição social, há de estar qualificada para lidar com qualquer indivíduo, haja vista que as diferenças podem se apresentar de diferentes formas. A falta de preparo, no Brasil, ocasiona dificuldades no aprendizado e no processo de formação do indivíduo como cidadão, criando um problema estrutural para o país. Dessa forma, são necessárias mudanças colaboradas pela sociedade e sustentadas no Governo Federal. O Estado deve realizar campanhas de inclusão social nas escolas, bem como incluir, no Ensino Fundamental I, o ensino sobre as limitações e diferenças. Não obstante, a população deverá concretizar a mudança, assimilando as diferenças em prol da igualdade, assim contribuindo com o desenvolvimento social do país.