Título da redação:

Herdeiros da exclusão

Tema de redação: Os desafios da educação especial inclusiva no Brasil

Redação enviada em 30/10/2016

O autor brasileiro Augusto Cury, relata que a igualdade é algo que só prospera no terreno do respeito pelas diferenças. Contudo, no panorama vigente, por vivenciarmos em um âmbito globalizado e diversificado, desenvolvemos maior tolerância e aceitação para essa pluralidade social. Entretanto, essa prática não deve se limitar apenas ao campo da aceitação, mas deve também ser refletida no sistema educacional igualitário, que é defasado devido ao não atendimento especializado em escolas públicas, gerando inacessibilidade e dificuldade de uma educação inclusiva. A carta magna nacional, assegura ao cidadão uma série de direitos fundamentais e sociais que visam o desenvolvimento saudável e adequado dos brasileiros. No entanto, muitas pessoas encontram seu acesso à educação básica de qualidade deturpados, porque têm seus direitos vetados pelo fato de muitas instituições recusarem a entrada de pessoas especiais, alegando ausência de infraestrutura, o que resulta na propagação de valores preconceituosos ,fomentando o aumento da cultura da exclusão. A Revista “Veja”, em alguma de suas edições, reuniu e publicou relatos de mães que tiveram acesso á educação dos filhos negadas, porque o colégio alegava não ter adaptação para receber alunos cadeirantes, entre outras situações. Apesar dos dados do Censo Escolar apontarem um aumento na dessas pessoas, casos de acepção dos alunos e não preparação dos profissionais é corriqueiro no meio vigente, somado a ausência de suporte financeiro as intuições públicas que em diversos cenários possuem sua infraestrutura defasada, culminam na manutenção de um ciclo de imbróglios, que é retratado na existência de uma sociedade retrógrada. Portanto, é essencial que o Governo Federal, direcione recursos para reformas que visam maior recepção aos indivíduos diferenciados, como instalação de rampas. Logo, com o fito de manter a inclusão e garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência, é “sine qua non” que haja atuação de ONGs como APAE (Associação de Pais e Alunos Excepcionais), juntamente das famílias desenvolvam mecanismo de diálogos tanto com a sociedade, por meio de projetos e campanhas, como com as escolas regulares para que gere maior preparação e aceitação de todos no processo de interação do cidadão com necessidades especiais. É imprescindível que o Ministério da Educação, realize parcerias para criação de cursos no SENAI, SENAC e outras instituições, para realização de cursos abertos a todos os públicos, sobretudo aos professores, objetivando melhor preparo das escola, como a execução do curso de linguagem dos sinais, para assim o país obter um caminho rumo ao ensino igualitário e de qualidade. Também é primordial, que os pais das pessoas especiais, usem as mídias para criação de grupos de apoio, cuja a finalidade seja se ajudarem, trocarem experiências e garantir seus direitos, porque segundo o professor universitário Fernando Penna, a sociedade só muda quando entendermos que a base do processo educativo é a heterogeneidade.