A constituição federal de 1988 em seu artigo sexto, diz que a educação é um direito de todos e ainda, que condições para o acesso e permanência sejam garantidas pelo Estado. Entretanto, o país tem passado por diversas barreiras no que diz respeito à acessibilidade por intermédio de uma educação inclusiva. A princípio é necessário ressaltar, que nos dias atuais, já se tornou uma realidade nas redes públicas de ensino, alunos com necessidades especiais frequentarem a escola em salas de aulas de inclusão. Um avanço em relação ao passado, onde portadores de deficiência eram excluídos da sociedade, sem receber nenhum grau de instrução, e muitas vezes, sendo maltratados. Ainda assim, mesmo estando em sala de aula, muitos ainda são apartados ou excluídos devido ao preconceito e falta de conhecimento por parte dos docentes e discentes. Ademais, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) no capitulo III, artigo quarto, afirma que é dever do Estado garantir o atendimento especializado gratuito aos educandos Portadores de Necessidades Especiais (PNE) preferencialmente na rede regular de ensino. Todavia, tal diretriz nem sempre é cumprida com êxito, pois as instituições de ensino raramente contam com recursos físicos e didáticos que visam atender as carências desses alunos. Além disso, para que a inclusão realmente se concretize, é necessário que haja professores preparados. Apesar do artigo 59, inciso III da LDB relatar que os sistemas de ensino devem assegurar aos PNEs professores com especialização adequada, não é isso que é verificado na realidade. A maioria dos educadores da rede regular não possui preparo mínimo para trabalhar com crianças que apresentem deficiências evidentes, dificultando assim, o processo de ensino-aprendizagem dentro do âmbito escolar. Dessa forma, fica evidente que a educação inclusiva ainda se encontra em estado embrionário. É fato que o investimento do governo é imprescindível. Mas também é necessário o constante aprimoramento de professores por meio de formação continuada, ter uma incessante prática diária de educação inclusiva, além da união entre escola, família e sociedade fomentando a inclusão por intermédio de projetos contínuos com apoio de psicopedagogos e especialistas na área inclusiva. Com isso, espera-se que sane ou pelo menos minimize os pontos decadentes do atendimento aos PNEs.