É dever do Estado garantir uma educação inclusiva de qualidade a todos, em 2006, a Convenção das Nações Unidas destacou tal direito às pessoas com deficiência. Entretanto, há muito o que ser melhorado para a inclusão ocorrer de fato, com o melhor preparo dos professores e uma infraestrutura que atenda às necessidades, e a participação da sociedade no processo. Em primeiro lugar, o despreparo dos docentes para atender as necessidades de cada aluno, e a estrutura física precária dificultam a inserção dos estudantes especiais nas escolas regulares. O desconhecimento por parte dos professores da língua brasileira de sinais (LIBRAS), por exemplo, dificulta o aprendizado dos alunos. Além disso, falta também recursos físicos e didáticos, como a ausência de livros didáticos em Braile para alunos deficientes visuais, além de rampas, corrimãos e banheiros adaptados a cadeirantes. Em segundo lugar, há ainda muitas pessoas que defendem que as crianças e adolescentes especiais devem ser matriculados em escolas especiais, entretanto, isso fere os direitos desses e preconiza um pensamento excludente e preconceituoso. Assim, a mudança da mentalidade social e de atitude urge, começando pelo respeito aos direitos do deficiente fora da escola, seja respeitando vagas em filas de espera e de estacionamentos, seja em vagas de trabalho nas empresas. Assim, deve haver um melhor atendimento nas escolas, e uma colaboração da sociedade. Cabe ao governo portanto, melhorar a estrutura das instituições, com rampas e banheiros adaptados, materiais didáticos e professores preparados. Para isso, o Ministério da Educação deve inserir nos cursos de licenciatura, disciplinas como a normalização do deficiente físico ao ambiente escolar regular. Porque segundo Aristóteles: ''Devemos tratar igualmente os iguais, e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade."