É possível afirma que um dos grandes desafios que permeia a sociedade brasileira é a questão da educação especial inclusiva. Os progressos das cidades, juntamente com o aumento do contingente populacional, resultaram em novas demandas ligadas as necessidades educacionais, que atendessem as adversidades e injustiças sociais. No entanto, na contemporaneidade percebe-se que há uma grande disparidade, no que diz respeito à garantia de direitos para crianças e adultos que possuem deficiências físicas e mentais, principalmente ligadas a uma educação de qualidade. No que se refere à educação especial inclusiva, pode-se perceber que o Brasil ainda não evoluiu nesse sentido, haja vista a inanição do Estado em criar programas e políticas públicas que assegurem uma total assistência e amparo as pessoas com necessidades especiais. Um fato que ilustra isso é a dificuldade vivida por inúmeros pais, que ao tentarem matricular seus filhos em escolas, se deparam com a injustiça e burocracia, uma vez que quando a instituição é pública a justificativa está na falta de vagas ou no não atendimento de portadores de deficiência, assim é também na instituição particular, quando atendem tal necessidade é cobrado um valor abusivo para aceitarem a criança. Com isso, o futuro de milhares de pessoas com deficiência se tornam incertos, haja vista a privação do conhecimento e aprendizado, que proporcionaria o desenvolvimento desses indivíduos, e consequentemente interferindo em sua autonomia, segurança e dignidade para o exercício de cidadania. Somando a isso, outro fator que consiste em uma grande barreira imposta é a falta de estrutura dos centros educacionais, aliado a inexperiência de profissionais da educação em saber atender essa demanda, o que acaba gerando mais insegurança para aqueles que iram educar e para os alunos especiais. Desse modo, a ineficiência do sistema educacional é um conjunto de fatores, que acabam indo contra a Constituição Federal de 1988 que determina a inclusão social, tratamento isonômico e proteção de portadores de deficiência. Logo, a recusa na defesa e garantia de direitos daqueles que são cidadãos como qualquer outro, limita a equiparação de oportunidades, a inclusão, reabilitação e a capacitação de pessoas com deficiência. De acordo com ativista e político social Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo. Nesse sentindo, garantir uma educação de qualidade é proporcionar a construção de indivíduos, destarte é imperativo que o Estado invista em medidas que estabeleçam a educação inclusiva com meta primordial, com escolas que tenham uma estrutura de reabilitação, educação pedagógica e psicologia. Além disso, é fundamental a capacitação de professores e ampliação de profissionais instruídos nos centros de educação, como pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e neuropsicopedagogos, assim atendendo a necessidade de cada pessoa. Desse modo, por meio da isonomia de direitos, é possível suprir as dificuldades de cada indivíduo para seu desenvolvimento e contribuição na sociedade.