A partir do século xVI, houve uma mudança da visão em relação aos deficientes, estes passaram a ser tratados com um assunto médico ao invés de uma questão moral. Esta modificação na sociedade permitiu a socialização e o acesso dos deficientes às mais variadas formas de tratamento, bem como atualmente, a inclusão na educação regular. Entretanto, os investimentos atuais não acompanharam o aumento dos casos de crianças com deficiência e sua respectiva inclusão no âmbito escolar. A falta de infraestrutura em consonância com a pouca preparação dos educadores para lidarem com estes alunos, ocasionam o abandono e o insucesso escolar. Logo, a principal função da instituição escolar que é preparar os alunos para enfrentar o mercado de trabalho com autonomia falha, provocando dificuldades das empresas na contratação de funcionários para o atendimento à legislação vigente e a vida autônoma do deficiente. Além disso, muitas crianças ainda denominam os deficientes como seres inferiores, desenvolvendo barreira na comunicação, provocando bullying. Isto ocorre devido a um processo longo e antigo em que jovens deficientes conviviam apenas com outros indivíduos iguais a ele, este pensamento exclui adolescentes e crianças do acesso a igualdade e dificulta a convivência harmônica e o respeito as diferenças individuais. Haja visto, que ainda há crianças sofrendo com a falta de mobilidade e inclusão com qualidade, é necessário promover investimentos específicos direcionados a acessibilidade somado a formação adequadas de todos os professores. Ampliar a utilização da tecnologia assistiva trará confiança de pais para matricularem seus filhos deficientes em escolas regulares, criando uma sociedade onde a deficiência não será um empecilho à aprendizagem ou à convivência, pois como Clement Atle dizia, a democracia não é apenas a lei da maioria, mas a lei da maioria respeitando o direito das minorias.