Cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil , segundo o IBGE, possuem algum tipo de deficiência, e a imensa maioria destas são impedidas de acessar a educação escolar. Embora documentos oficiais como a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Plano Nacional de educação, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência garantam acesso e permanência desta, a falta de estrutura física, de professores capacitados, entre outros problemas, os excluem. O Plano Nacional de Educação traz como quarta meta a universalização, para a população entre 4 e 17 anos, com deficiência, do acesso à educação, além do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com todos os recursos necessários. No entanto, itens simples de acessibilidade como rampas, elevadores e banheiros adaptados, não fazem parte da realidade da maioria das escolas brasileiras. Ou seja, até a chegada até a sala de aula é dificultada. Quando o obstáculo do espaço físico é vencido, o problema se torna a falta de capacitação dos profissionais da educação, que além de não ter tido formação especifica para lidar com as diversas deficiências, contam com turmas superlotadas, dificultando assim o trabalho pedagógico. Ademais, a comunicação também é um entrave, visto que a língua de sinais e o braile não fazem parte do repertório adquirido pelos professores na graduação. Para que tais direitos saiam do papel, é necessária a liberação de recursos e o estabelecimento de prazos para adequação do espaço físico escolar; a viabilização de palestras para conscientização do uso destes recursos e da necessidade de inclusão; professor de apoio em turmas que precisem de atendimento especializado, e instrumentalização destes no que tange à educação inclusiva. Só assim conseguiremos construir pontes e derrubar as barreiras da exclusão.