Segundo Friedrich Nietzsche, filósofo alemão, a tarefa da educação, no caso do indivíduo, é torná-lo tão firme e seguro que, como um todo, ele já não possa ser desviado de sua rota. Posto isso, a educação surge como um mecanismo transformador para a ascensão e o progresso da sociedade, sendo o ensino as crianças com doenças especiais de substancial importância, dado que é a ponte de acesso do estudante ao mundo do trabalho, além de possibilitar uma atuação mais efetiva do cidadão para modificar o atual cenário social do país. É importante pontuar, de início, que, a questão da inclusão de crianças com doenças especiais é muito profunda e está calçada em várias outras questões, como desigualdade social, estruturas básicas que atendam as necessidades dessas estarem sucateadas, falta de atendimento especializado e, ainda, por questões étnicas e sociais. Todavia, tais questões, acabam prejudicando o desenvolvimento social e educacional de muitas crianças que, por terem algum tipo de doença ou deficiência, acabam, consequentemente, sendo excluídas socialmente, o que torna mais grave esse problema. Por conseguinte, o direito constitucional, que afirma que a educação é para todos, acaba sendo contrariado e negligenciado por uma estrutura social e educacional falha. É fundamental pontuar, ainda, que, no século XVI houve um redirecionamento da visão com relação à deficiência, que deixou de ser tratada como uma questão moral, para ser compreendida por uma abordagem médica. No entanto, tal visão não atingiu a todos, visto que ainda há pessoas em meio a sociedade que veem a deficiência como algo banal, discriminando, desrespeitando e vendo adultos e crianças portadores de doenças especiais sem nenhum direito social. Ademais, a mídia, que detém grande poder de persuadir e de fomentar ideais de beleza e padrões físicos, acaba influenciando diretamente na formação de um sentimento de exclusão de pessoas que não atendam a esses ideais e padrões que, em muitas das vezes, as crianças com doenças especiais não se encaixam em nenhum desses. Entretanto, isso faz com que portadores de tais doenças passem a serem vistos com diferenças, levando outras crianças a praticarem, no ambiente escolar, Bullying contra esses, o que poderá gerar nesses um sentimento de descontentamento e exclusão, o que torna a inclusão desses no meio escolar cada vez mais difícil. Fica evidente, portanto, que a inclusão das crianças no meio escolar é de suma importância para o desenvolvimento do nosso país. Para tanto, é imprescindível ações de cunho governamental, proporcionando a construção de salas de atendimento especializado com profissionais responsáveis, por meio de maciços investimentos, além de desenvolver, junto com ONGs, políticas públicas inclusivas, de modo a favorecer a melhor participação social de crianças especiais na sociedade. Por fim, cabe à mídia e sociedade, desenvolverem campanhas de cunho educacional, mostrando a importância da inclusão de crianças especiais no meio escolar, de modo a erradicar as práticas de Bullying, dando o primeiro passo para a solução desse problema, que para Oscar Wilde, é o mais importante na evolução de um homem ou nação.