Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os acidentes de trânsito no Brasil e os fatores motivadores

Redação enviada em 26/06/2017

Nos últimos séculos o mundo passou por diversas mudanças que reviraram o cotidiano das pessoas. As revoluções industriais foram caracterizadas pela novidade que trouxeram. A primeira, as máquinas a vapor; a segunda, os motores a combustão e consequentemente os automóveis e a terceira, a integração mundial por meio da tecnologia. Entretanto, a combinação da condução de um veículo com o uso de celulares e o consumo de bebidas alcoólicas tem sido a causa do grande número de acidentes muitas vezes fatais no Brasil. Seja pela imprudência, seja por falta de fiscalização, os maiores afetados nessas ocorrências são os jovens. No contexto das concepções citadas, o Brasil a partir do governo de Juscelino Kubitschek tornou-se um país rodoviário, devido a alta concentração de investimentos feitos no setor automotivo e como consequência, tornando necessário a criação de uma malha rodoviária que atendesse a grande demanda gerada pelos veículos. Essas estradas espalhadas por todo território nacional viraram palco da insensatez dos motoristas que dirigem alcoolizados e utilizam telefones celulares enquanto dirigem e por conseguinte, acabaram tornando-se cenário de diversos acidentes, ceifando a vida de muitos brasileiros, principalmente a dos jovens entre 18 e 25 anos, levando o Brasil a quarta colocação no ranking mundial dos países com o maior número de acidentes automobilísticos fatais. Por outro lado, é importante frisar que a falta de rigor na fiscalização possui uma parcela de culpa nesses sinistros. A “Lei Seca” foi criada para reduzir o número de acidentes e tornar crime o ato de dirigir sob efeito de drogas lícitas, porém tem se mostrado ineficaz ao reduzir no estado de São Paulo apenas 16% o número de óbitos. Ademais, a frequência de operações que supervisionam as estradas é baixa, o que mostra uma espécie de descaso dos órgãos responsáveis pela situação. Como menciona o filósofo Michel Foucault em “Vigiar e Punir”, a certeza da punição é que impelirá o indivíduo a não cometer crimes. Logo, a junção da falta de austeridade nas leis com a descontinuada periodicidade das vigilâncias torna os motoristas menos preocupados em respeitar a determinação de não beber e dirigir. Portanto, mudanças nessas posturas são essenciais, tanto dos motoristas quanto dos órgãos fiscalizadores. O DETRAN deve atuar dentro e fora das autoescolas conscientizando os futuros motoristas dos perigos de misturar fatores que tiram a atenção com a direção, por meio de palestras e apresentações de pessoas acidentadas ou familiares de pessoas que perderam a vida para que haja a comoção e consequentemente a não perpetuação dos mesmos erros cometidos por outros motoristas. Sobretudo, tanto o Poder Legislativo quanto o Poder Judiciário devem agir em conjunto, aquele com a criação de leis que tornem crime dirigir usando telefones celulares ou qualquer outro periférico que atrapalhe o condutor, e esse com a efetiva fiscalização do cumprimento dessas leis com a finalidade de reduzir o número de vítimas dos acidentes de trânsito.