Título da redação:

Os acidentes de trânsito não levam apenas vidas.

Tema de redação: Os acidentes de trânsito no Brasil e os fatores motivadores

Redação enviada em 10/07/2017

Foi a maior causadora de mortes de jovens entre 10 e 19 anos em todo mundo no ano de 2015, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no ano de 2014 ceifou mais de 8 mil vidas em aproximadamente 169 mil acidentes, apenas nas rodovias federais brasileiras. Os acidentes de trânsito estão entre as três principais causas de óbito no Brasil, junto das doenças e da violência. Quais são as causas e os impactos de tantas mortes? Há maneira de reduzir esses índices? De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), 90% dos acidentes de trânsito, ocorridos em 2013, foram causados por falhas humanas, nisso inclui a desatenção, uso de celular, falta de equipamentos de segurança, bebidas alcoólicas e fadiga. Os órgãos e entidades de trânsito propõem, periodicamente, campanhas de conscientização, como a maioamarelo, visando reforçar nos motoristas comportamentos de segurança. Por outro lado, o Ministério da Justiça anunciou, em julho deste ano, um corte de 45% no orçamento destinado à Polícia Rodoviária Federal, sendo que a conscientização e a fiscalização são ações que precisam andar juntas para produzir resultados. Também há o impacto econômico gerado pelos acidentes de trânsito. Conforme foi divulgado pelo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2015, os mais de 169 mil acidentes nas rodovias federais deram um custo estimado em 12,3 bilhões de reais, considerando os gastos previdenciários, estimativas do quanto o acidentado deixa de produzir com o afastamento do serviço ou óbito, custos hospitalares além das perdas relacionadas às cargas e veículos. Ainda, segundo o Ipea esse montante seria muito maior se fosse considerado os acidentes que ocorrem nas vias estaduais e municipais. A conscientização é uma ferramenta importante, nos Estado Unidos as leis de trânsito são ensinadas nas escolas junto com demais disciplinas. No entanto, a conscientização não surte efeito sem que haja uma fiscalização mais rigorosa para cobrar dos condutores, ciclistas e pedestre uma postura defensiva. No Brasil, as polícias rodoviárias deveriam ter seu efetivo aumentado, para assegurar a fiscalização nas estradas e rodovias. No âmbito dos municípios, as secretarias municipais de trânsito poderiam trabalhar em parceria, na fiscalização, com as polícias militares. Qualquer agente de segurança do Estado deveria ter autonomia para aplicar multas, independente do órgão ao qual faça parte. A segurança no trânsito precisa da participação de todos e de um compromisso efetivo por parte do Estado.