A prevalência mundial da obesidade infantil vem apresentando um rápido aumento nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma verdadeira epidemia mundial. Tal fato é evidenciado com a associação da obesidade com alterações metabólicas, como hipertensão, problemas cardíacos e diabetes melitus tipo 2. Dessarte, até anos atrás eram males evidentes somente em adultos, no entanto, hoje já podem ser observadas com maior frequência em jovens e crianças. Primeiramente, décadas atrás crianças acima do peso era sinônimo de saúde devido aos altos índices de desnutrição. Conforme dados do Ministério da Saúde, uma em cada cinco crianças apresenta sobrepeso no cenário contemporâneo. Isso ratifica, assim, as consequências do aumento no consumo de produtos ultraprocessados, principalmente com altos teor de gorduras, açúcar e sódio. Dessa forma, a indústria alimentícia escraviza o paladar das crianças com cores atrativas, intensificadores de sabor e ingredientes que modificam a textura, promovendo a rejeição do alimentos naturais. Outrossim, no cenário contemporâneo, a ingestão de alimentos com alta densidade energética está inversamente relacionada com a prática de de exercícios físicos. Depreende-se que tal condição pode ser explicada devido mudanças no cotidiano das famílias, consequentemente das crianças, com a grande carga horários nas escolas, a introdução da internet e a redução de brincadeiras de rua. Dessa forma, escolas e familiares devem disponibilizar atividades que despertem o interesse das crianças. Diante dos exposto, é imprescindível uma mudança comportamental com o intuito de reduzir os índices de obesidade infantil. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde desenvolver campanhas de reeducação alimentar, por meio da contratação de agentes de saúde os quais devem alertar a população dos riscos e indicar melhores opções de alimentos. Ademais, a mudança deve ocorrer em todos para serem inspiração das crianças.