Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) dados demonstram que 56,9% dos brasileiros com 18 anos ou mais estão acima do peso, o que representa em torno de 82 milhões de pessoas. A obesidade, somada ao sedentarismo e o ritmo de vida sufocante nas grandes cidades impede que grande parte da população mantenha hábitos saudáveis de alimentação e práticas esportivas. Em primeiro plano, cabe citar que a grande oferta de produtos industrializados, como salgadinhos e refrigerantes, são responsáveis pelo aumento do número de pessoas acima do peso. O fácil acesso, devido ao baixo preço em relação à frutas e verduras, impede que o brasileiro se alimente de forma adequada. Essa situação traz grandes prejuízos à sociedade, já que pessoas acima do peso são mal vistas em grande parte nas relações sociais. A mídia, em novelas, propagandas e filmes, costuma utilizar o perfil de um indivíduo com um porte físico magro, definindo e moldando o pensamento do público-alvo como um padrão de beleza. Por conseguinte, o excesso de peso e obesidade são fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, hipertensão e diabetes, que levam à problemas cardíacos. De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão é uma das principais causas de morbidade cardiovascular e fator de risco para complicação do Acidente Cardiovascular Cerebral, o AVC. Fica claro, portanto, que a obesidade é um problema tanto de saúde quanto social, fruto de aspectos da vida com ritmo acelerado no meio urbano e que deve ser combatido. O MEC deve investir em campanhas escolares a fim de instruir hábitos alimentares saudáveis, além de introduzir, na grade escolar, assuntos que mostram os malefícios do consumo demasiado de produtos industrializados. Ademais, é preciso construir quadras e praças públicas de esporte, mostrando, nesse caso, os benefícios biológicos provocados pela prática de atividades físicas.