Título da redação:

Estereótipo e saúde

Tema de redação: Obesidade: problema de saúde ou problema social?

Redação enviada em 16/08/2016

O padrão corporal aceito pela sociedade brasileira, muda de tempos em tempos. Porém, com a globalização e disseminação de alguns padrões estéticos, o estereótipo torna-se um fato altamente presente. Um dos grupos sociais que mais sofre é o de pessoas acima do peso, pois, em um mundo onde a magreza é exaltada, indivíduos considerados gordos, são estigmatizados, ridicularizados e, por vezes, vítimas não apenas de problemas na saúde física, mas também psicológica. Em vista de tais acontecimentos, é comum a existência de uma gordofobia velada que precisa ser combatida. Em primeiro plano, é importante ressaltar que, segundo o World Obesity Federation, o Brasil pode se tornar o país com mais obesos do mundo dentro de quinze anos. Se tal premissa se tornar realidade, o país será tomado por elevações nos índices de preconceito e segregação. Pois desde os dias atuais, os brasileiros acima do peso são taxados de egoístas, sua alimentação é julgada e passam dificuldades cotidianas, tais como comprarem roupas de seu tamanho, quanto serem aceitos em alguns empregos. Essa realidade revela uma gordofobia aliada a uma cultura de desvalorização do corpo fora do padrão, que, infelizmente, se passam adiante. Outro fato que merece destaque é que, pessoas acima do peso, são, na maioria das vezes, vistas como incapacitadas ou doentes, mesmo que apenas 60% dos obesos possuam algum tipo de doença cardiovascular ou que alguns participem de semanas de moda como modelos plus size. Tal acontecimento contribui para a formação de indivíduos insatisfeitos com o próprio corpo, causando mal-estar psicológico e levando-os a ações que colocam suas vidas em risco: dietas desnecessárias e exercícios inadequados. Entretanto, corroborando o estigma social, existem obesos que possuem níveis mórbidos de gordura corporal e alto nível de sedentarismo. Pessoas nesse quadro são, em grande parte, vítimas de desregulação hormonal e de campanhas publicitárias apelativas que empresas alimentícias vêm implantando no Brasil. Contudo, esses indivíduos não devem ser hostilizados, pois muitos se deparam com dificuldade tanto financeira, quanto familiar para resolver o problema. Em vista dos fatos citados, é notável que esse panorama precisa ser mudado, por isso, é preciso, primordialmente, que a sociedade se descubra como agente crucial das mudanças nacionais e, aliada aos grupos familiares, prestem apoio aos obesos que necessitam de tratamento e universalizem a beleza a todos os estilos estéticos, bem como mídias de grande circulação devem estimular o consumo de alimentos saudáveis para adultos e crianças. Dessa maneira, a premissa do WOF será reavaliada e o respeito às diferenças se tornará cada vez mais real.