Com a Segunda Revolução Industrial no século XIX, a alimentação da população também passou por mudanças. Muitas famílias deixaram os campos e migraram para os centros urbanos, com a finalidade de trabalhar nas fabricas. Por consequência, a industrialização passou a ser necessária, tanto pela diminuição da mão de obra no campo, em que as pessoas já não produziam o que comeriam, quanto pela durabilidade dos alimentos, que precisaria ser estendida. Indubitavelmente, a obesidade observada hodiernamente tem vínculos com as alterações alimentares realizadas séculos atrás. O Brasil apesar de ainda conter cerca de 3% da população no mapa da fome, segundo a ONU, concomitantemente precisa conter a obesidade, dados divulgados pela OMS indica um crescimento de 60% de obesos no país, e são ainda mais alarmantes em relação à obesidade infantil. O aumento de peso da população preocupa o setor da saúde, já que o sobrepeso acarreta numerosas comorbidades como a hipertensão, diabetes e doenças hepáticas. Os nossos hábitos alimentares atuais, advém do cotidiano, com pouco tempo para comer, as pessoas deixam as refeições caseiras mais saudáveis, e passam a optar por comidas mais rápidas e mais calóricas. A disseminação dos mercados de fast-food corrobora para essas mudanças, tanto pela facilidade, quanto pelo preço. Além disso, mesmo em casa os alimentos, em suma maioria, são industrializados, diminuindo a quantidade de nutrientes que se obteria de um alimento natural. As políticas do Ministério da Saúde para enfrentar a conjuntura atual estão baseadas no Guia alimentar para a população brasileira, entretanto, outras intervenções precisam ser realizadas, já que a obesidade aumenta especialmente entre as crianças. Sendo assim, o Governo federal, na figura dos Ministérios da Saúde e da Educação deve estimular a educação alimentar que será essencial para mudar os hábitos nas refeições, as escolas devem aumentar a carga horária das aulas de educação física para estimular os exercícios que são essenciais para garantir uma vida saudável. Ao restante da sociedade, a administração municipal deve investir em praças, parques ecológicos e em academias ao livre com a finalidade de que mais pessoas possam se exercitar. Além disso, o acesso a alimentos in-natura ou minimamente processados devem ser mais acessíveis economicamente à população, a fim de que se substitua o consumo de alimentos extremamente calóricos e pouco nutritivos pelos mais saudáveis.