Na pós-modernidade, a obesidade é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma epidemia. Dessa forma, esse assunto não pode se limitar a avaliações simplistas, já que estar acima do peso pode afetar desde o físico até a vida social de uma pessoa. Em primeira instância, vale salientar que, muitas vezes, o sobrepeso acarreta em problemas de saúde. Um fato que comprova isso, é o de que as doenças não transmissíveis (DNT) são as principais causas de morte no mundo e dentre essas enfermidades, as cardiovasculares representam cerca de quarenta por cento. Assim, a alimentação pouco saudável aliada ao sedentarismo resulta em , segundo a OMS, aumento da pressão arterial, glicose e gordura no sangue. Diante disso, não há como negar que o excesso de peso se constitui, em várias ocasiões, uma ameaça a saúde. Além disso, não se pode negligenciar o fato de que há uma "ditadura da beleza" imposta pela mídia e aderida pela sociedade, de que uma para uma pessoa ser considerada bonita é preciso que ela seja magra. Um fato que comprova isso, é um estudo publicado, em 2002, pelo Jornal Britânico de Psiquiatria, demonstrando que após os três primeiros anos de exposição a TV nas ilhas Fiji, foi identificado o surgimento de doenças como bulimia e anorexia. Ademais, segundo Predo Assad, pesquisador do Grupo de Obesidade e Transtornos Alimentares, é comum o pensamento de que gente gorda não emagrece por falta de vontade. Assim, muitos desses indivíduos sofrem preconceito por serem categorizados como preguiçosos, inconsequentes e feios, por parte da sociedade que atua como intensificadora do problema. Em suma, pode-se concluir que a obesidade, de fato, afeta tanto o físico quanto o social. Dessa forma, para combater esse cenário, é imperativo haver palestras, dadas por ONGs em colégios, tematizando a importância de bons hábitos alimentares e a composição nutricional de cada comida. Aliado a isso, o governo deve realizar campanhas de combate ao sobrepeso através do estímulo à refeições de qualidade, leitura da tabela nutricional dos produtos e a quantidade de comida ideal a ser ingerida por cada faixa etária. Por fim, cabe aos cidadãos estarem dispostos a mudar sua rotina, escolhendo sempre o que é saudável.