Antes associada somente a países ricos, a obesidade cresce no Brasil e já atinge cerca de 20% da população. Visto isso, é necessário entender o problema como uma questão de saúde pública, mas, com causas sociais. Logo, analisar a dinâmica da sociedade contemporânea é essencial para enxergar as consequências da obesidade no país. Em primeira análise, o mundo pós-moderno apresenta uma dinâmica de vida acelerada para a população, implicando em hábitos pouco saudáveis. Dessa forma, vivendo em uma sociedade em que a sensação de pressa é característica marcante, como endossado pelo filósofo contemporâneo Hartmut Rosa, os brasileiros têm menos tempo para alimentação. Destarte, os alimentos industrializados, mais práticos e menos saudáveis, ganham preferência no país, tornando-se protagonistas no aumento do percentual da população obesa. Por conseguinte, a má alimentação e a falta de atividades físicas desenvolvem a obesidade, que predispõe inúmeras comorbidades. Com isso, o excesso de gordura corporal é, indubitavelmente, um problema de saúde, já que é responsável pelo aumento dos casos de doenças não transmissíveis na população, como diabetes, aterosclerose e problemas respiratórios. Diante disso, os brasileiros precisam mudar seus hábitos, superar o sedentarismo e melhorar sua dieta são os primeiros passos afim de evitrar essas doenças. Portanto, a emergência da obesidade e das doenças à ela relacionadas pedem medidas urgentes. Primordialmente, o Ministério da Saúde deve apoiar o Governo Federal na expansão do projeto Saúde na Escola, que leva nutricionistas às escolas públicas do país afim de promover a educação alimentar necessária aos jovens, levando o projeto também à escolas privadas. Além disso, e a mídia deve incitar a prática de exercicíos físicos por meio de propagandas que mostrem os benefícios de uma vida saudável e as consequências do sedentarismo, apelando para o lado emocional, que mais atinge os brasileiros