Título da redação:

Buscar uma vida saudável

Tema de redação: Obesidade: problema de saúde ou problema social?

Redação enviada em 15/08/2016

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento realizado constatou que em 2009, mais de 50% da população brasileira estava acima do peso, o que leva a discutir se a obesidade é um problema de saúde ou social. Se por um lado os hábitos alimentares atuais não são os ideais, por outro, estar “gordo” não significa necessariamente que a pessoa tenha problemas de saúde. Em conformidade com dados do IBGE, 60% dos alimentos com maior teor de gordura fazem parte da alimentação diária da população brasileira. Os novos padrões de consumo, com diversas variedades de alimentos e bebidas, ricos em sódio e açúcar (usados para realçar o sabor) consumidos em excesso, aliados ao sedentarismo, que segundo o Ministério do Esporte atinge 45% da população, contribuem para o aumento do sobrepeso nos indivíduos. Vale também ressaltar que o novo estilo de vida nas grandes cidades, contribuem para esses efeitos, a falta de tempo é um fator a ser considerado, é perdido muito tempo no deslocamento, reduzindo por exemplo o tempo para a alimentação do trabalhador, que opta por um alimento mais prático de ser ingerido, muitas vezes não saudável. Entretanto, estar fora do peso recomendado não significa que a pessoa tenha problemas de saúde, ser sadio não está limitado por centímetros na fita métrica. Uma pessoa magra pode ter mais doenças do que um “gordo”. É importante lembrar que o excesso de peso muitas vezes está ligado à genética, ou seja, o corpo possui uma pré-disposição a desenvolver esses fenótipos (manifestação visível dos genes) e também ligado ao estilo de vida do indivíduo, que pode ativar ou não esses genes. Outro aspecto a considerar, é que a mídia impões padrões de medidas, tornando isso uma quase que uma regra, porém, isso varia muito de cultura para cultura, em algumas delas a obesidade representa riqueza, fertilidade e saúde. Não se pode privilegiar os magros por eles serem magros e excluir os “gordos”, que muitas vezes sofrem constrangimentos por conta do seu “tamanho”, como exemplo a ser citado, a largura dos assentos nas aeronaves, que segunda a Agencia Nacional de Aviação Civil a média é de 45 centímetros, enquanto 70% dos passageiros têm mais que isso, sendo obrigados a pagar um valor maior na passagem para serem acomodados em um assento maior. Sendo assim, é necessário que o governo federal tome medidas para que a indústria reduza o sódio e o açúcar, que está presente em excesso na grande parte dos alimentos e promova companhas de combate ao sedentarismo, seja com subsídios as empresas ou com a mídia televisiva. Não obstante é preciso melhorar a mobilidade nas cidades, tornando mais rápida a locomoção, como exemplo, dando mais tempo para que seja feita uma refeição mais adequada e investir na medicina preventiva, para que doenças resultantes da obesidade não sejam agravadas com o avanço da idade.