Desde a Revolução Industrial, o aumento da jornada de trabalho fez com que o homem mudasse profundamente seus hábitos alimentares. Nessa conjuntura, a obesidade é um dos maiores problemas de saúde no mundo, segundo a OMS. No Brasil, o número de pessoas com obesidade vem crescendo cada vez mais, ocasionando graves quadros de saúde e afetando aspectos psicossociais. De primeira parte, é importante destacar os principais fatores que causam o excesso de peso na população brasileira. À proporção que o trabalho começou a ocupar o tempo dos indivíduos, tornou-se mais viável o consumo das “fast-foods” e dos alimentos altamente processados. Com efeito, a falta de atividade física também contribui para alavancar essa problemática- principalmente entre a população de baixa renda que não possui tempo e infraestrutura para praticá-la. Desse modo, as consequências manifestam- se em graves doenças como a hipertensão e o diabetes tipo 2. Ademais, outro efeito de grande relevância é a discriminação disseminada sobre as pessoas com sobrepeso. De acordo com o conceito de violência simbólica, do sociólogo Pierre Bourdieu, há um tipo de dominação segundo a qual os indivíduos que não se adequam aos padrões impostos socialmente são inferiorizados. Isso é frequentemente observado em atitudes com denotação preconceituosa, como xingamentos ou exclusão, praticadas frequentemente contra aqueles que não se encaixam nesse padrão de beleza. Dessa forma, é necessário que o Governo Federal, em parceria com as empresas, implante medidas de orientação em escolas e espaços de trabalho, por meio de palestras com profissionais da saúde(médicos e nutricionistas), para informar sobre a importância da alimentação como prevenção de doenças , de maneira que os cidadãos estejam cientes dessa problemática. Além disso, é essencial que o Ministério da Educação adote projetos educacionais que ensinem, desde o ensino básico, a importância de respeitar as diferenças físicas entre todas as pessoas. Assim, esse impasse percorrerá os meios para sua mitigação.