É evidente que a indústria alimentícia movimenta um mercado de alto valor comercial. O imperialismo desses alimentos resulta na dependência de consumo do açúcar e como conseqüência, o aumento do índice de obesidade que é um fator preocupante pela sociedade. Além disso, a problemática vira uma questão de saúde pública diante da questão social e econômica que o envolve. As pessoas que vivem essa realidade sabem dos problemas que podem envolver a saúde física e mental, além da facilidade em ingerir alimentos ricos em carboidratos. Países como os Estados Unidos, grandes consumidores de produtos industriais, realizam pesquisas e estudos com indivíduos acima do peso para encontrar algum fator que poderia explicar o sobrepeso e dessa forma, orienta uma dieta. Contudo, a obesidade, além da falta de uma educação alimentar, tem como aliado fatores emocionais. Para alguns psiquiatras e nutricionistas, a ansiedade em algumas pessoas é um indicativo para explicar o alto consumo de alimentos. Entretanto, o problema está mais voltado na qualidade desses alimentos, em linhas gerais, produtos com alto valor calórico são considerados elementos terapêuticos. Além disso, a obesidade é também um problema social, resultado do capitalismo industrial. A competição entre produtos orgânicos e industriais é desleal devido a facilidade do segundo prevalecer nos meios de comunicação. As propagandas são fortes aliadas desse tipo de comida que encontra nas crianças e adolescentes um público lucrativo, fácil de influenciar. Profissionais da saúde alertam o perigo da dieta dos jovens, que estão cercados da dualidade dos alimentos que se dizem saudáveis. Dessa forma, a mesma mídia que impõe um padrão estético, é responsável também pelo alto índice de obesidade. Ademais, uma simples comparação entre os preços das frutas e dos salgados evidencia a disparidade do segundo. Baseado na logística e nas propagandas fica uma ótica que é mais barato e mais gostoso os produtos industriais. Reconhece- se pois, a importância de uma educação alimentar partindo de dentro da família e estendida pelos meios de comunicação através da regulamentação do Estado. Alem de uma orientação psicológica e nutricional para aqueles que já são obesos ou que tem uma disposição natural para engordar. Diante disso, o sobrepeso entendido na sua complexidade de fatores é responsabilidade individual e social.