A vida do brasileiro encontra-se em um período onde o tempo tornou-se fator determinante, e a falta deste requer que facilidades sejam incorporadas no dia a dia. O consumo de alimentos industrializados cresceu de maneira abrupta, devido á praticidade e baixo custo, em contrapartida, houve um maior descuido com a saúde. Pesquisas mostram que o Brasil é palco de números alarmantes, onde 52,5% da população enfrenta o sobrepeso. Uma entrevista feito pela BBC Brasil, com Walmir Coutinho, endocrinologista e presidente da World Obesity Federation, mostrou que, se os maus hábitos alimentares persistirem, o Brasil será o país com mais obesos no mundo em menos de 20 anos. Junto a isto, estarão atrelados problemas metabólicos e cardíacos, além de diabetes, colesterol, hiperglicemia, entre outros. É notório que estas não são as únicas causas da obesidade no país, o sedentarismo e o estresse têm uma parcela significativa neste quadro. Muitas vezes, a comida acaba se tornando rota de fuga para problemas psicológicos, fazendo com que o indivíduo se alimente de maneira compulsiva, além disso, a prática de esportes ainda é vista como algo para moldar corpos de acordo com estereótipos construídos pela sociedade, e não para beneficiar a saúde. Para que o cenário cogitado por Walmir Coutinho não se concretize, são necessárias medidas urgentes de intervenção. O governo deve tornar mais acessível o preço de alimentos saudáveis para todas as camadas da população, mas também, fornecer auxílio psicológico feito por profissionais para pessoas que sofrem transtornos alimentares. Ademais, municípios devem proporcionar para sua população oficinas de culinária, onde serão ensinadas receitas práticas e benéficas que possam ser incorporadas facilmente no cotidiano, além de aulas aeróbicas específicas para perda de peso, por fim, escolas devem fornecer aulas de educação alimentar para nossas crianças, bem como incorporar frutas e hortaliças nas merendas.