Título da redação:

Vida sob Controle

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 28/04/2018

A teoria da justaposição aristotélica defende que para o indivíduo alcançar uma vida feliz, consigo e com seu meio, é necessário vivê-la moderadamente, ou seja, longe dos excessos. Contudo, no Brasil, a presença dos jogos eletrônicos no cotidiano das pessoas é algo que contraria tal pensamento, visto que esses apresentam benefícios para aqueles que o usam com moderação, porém, para os que ‘’ permitem’’ tal prática tornar-se um vício, são geradas consequências negativas que superam os possíveis proveitos. Urge, assim, a necessidade de atentar para as implicações desse hábito na sociedade brasileira. É importante destacar que a presença dos “games” no mundo moderno é canal facilitador no quesito educacional do indivíduo. Decerto, é sabido que grande parte dos jogos online não possuem restrição a uma única região ou país. Nesse sentido, o choque cultural e, posteriormente, a troca de informações, por meio de interações entre usuários, torna-se inevitável, dado que esta é essencial para uma melhor “jogabilidade”. Dessa forma, é possível concluir que esse tipo de entretenimento pode resultar em inúmeros benefícios educacionais para os que o usufruem, todavia, se não houver o controle da atividade, sua dependência poderá afetar negativamente o dia a dia desses indivíduos. Mormente, como bem defendido por Aristóteles, permitir uma vivência baseada nos excessos é algo que compromete a boa qualidade de vida do cidadão; nesse cenário, pois, são as horas dedicadas aos jogos. Por esse ângulo, o predomínio demasiado do indivíduo no meio virtual facilita implicações relacionadas a compulsão – como fobia social – que, a longo prazo, poderão afetar seus relacionamentos interpessoais, por exemplo no mercado de trabalho. Assim, mesmo que, em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha declarado essa falta de controle como “distúrbio de games”, possibilitando maiores assistências – como o atendimento psiquiátrico – vê-se que é de fundamental importância a mobilização dos pais à identificação e, a posteriori, na tomada de atitudes acerca do problema. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de atentar-se às implicações dos jogos eletrônicos na vida do brasileiro. Posto isso, cabe a família deste reconhecer tal distúrbio e, com isso, amenizar a situação por meio de diálogos e acordos. Assim, para tornar tal atuação possível, é necessário que a mídia televisiva – por decretos impostos pelo Ministério da Justiça – divulgue, diariamente, possíveis indicações para o diagnóstico de um viciado em jogos eletrônicos a fim de educar os parentes acerca da problemática, dando ênfase, pois, que o principal meio para dar início a resolução do problema, é a mobilização passiva. Dessarte, será possível que o comportamento de dependência seja identificado prematuramente e, mediante imposições no limite do tempo dedicado aos jogos, pelos pais, possibilitará que esses jovens desfrutem da diversão e da aprendizagem que esses “games” proporcionam, de forma mais saudável.