Título da redação:

Start no bom senso

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 31/01/2018

A partir deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a incluir o vício em games na classificação de distúrbio mental. Esse fato pode ser tratado como um avanço no desenvolvimento de pesquisas sobre o vício, no entanto, a decisão também pode agravar o preconceito existente sobre os jogadores. Há muito se fala sobre as consequências negativas que os jogos podem acarretar, principalmente em crianças e adolescentes, como obesidade, agressividade e reclusão social. Em alguns países, como China, Japão e Coréia, já foram adotadas medidas de controle sobre o tempo gasto dos usuário, isso porque se tornou um problema de saúde em suas populações. Assim, com o aumento desse público nos demais países, é sensato a adaptação do manual ao perfil atual. Entretanto, é necessário salientar que diagnosticar uma pessoa como viciada em jogos é muito complexo. Um jogador pode ficar horas jogando por empolgação, entretenimento, reclusão social, entre outros motivos, sem possuir o distúrbio. Sendo assim, não é a quantidade de horas jogadas que caracterizará um viciado. Ademais, pesquisas apontam que os videogames podem aumentar a criatividade, reação motora e percepção tridimensional, o que descartaria seu papel de vilão. Dessa forma, os videogames não precisam ser erradicados da vida das pessoas. O que prevalece é o bom senso no tempo gasto aos jogos para não prejudicar o desempenho escolar e do trabalho e as necessidades fisiológicas, como alimentação e sono. Além disso, o Ministério da Saúde deve se atentar para que falsos diagnósticos positivos não sejam lançados por utilização de métodos precoces e superficiais, causando prejuízo e transtorno aos pacientes e onerando os cofres públicos.