De acordo com Schopenhauer, o ser humano vive em uma constante busca por saciar suas vontades, equilibrando-se em uma gangorra de necessidade de ser feliz e no tédio por querer mais felicidade. Desse modo, em meio a modernidade, os games representam uma fonte de entretenimento que traz satisfação, ou seja, uma vontade. No entanto, o abuso dessa vontade pode desencadear uma dependência e consequente um distúrbio mental com o vício. Nesse sentido, é importante ressaltar a origem desse distúrbio e suas implicações e os efeitos na saúde dos jovens, além de medidas para combater sua perpetuação. É notório que a origem do vício em games pode ser motivada pela busca dos jogadores à felicidade. Dessa forma, pessoas que já possuem dificuldades em relacionamentos pessoais, baixa autoestima, aliado a quadros de saúde neurológica tendem a buscar uma forma de realização pessoal. Afinal, os jogos eletrônicos transformam o jogador em algo que ele deseja ser: alguém bem-sucedido, com boa aparência e poder, sendo recompensado com prêmios e mais poder quanto mais tempo permanecer no jogo. Por fim, os jogos permitem a euforia ao jogador, assim, o viciando nesse sentimento de felicidade passageira que é apenas o hormônio de norepinefrina sendo despertado pelo vício. Por conseguinte, a escassez de medidas para combater o vício em jogos eletrônicos torna-se um vetor para a sua perpetuação. Na Coréia do Sul o Governo de forma preventiva proíbe o acesso a jogos online após a meia noite para menores de 18 anos. Em contraste no Brasil, não há ações específicas de prevenção ou combate ao vício em games disponíveis pelo SUS, apesar de a Organização Mundial da Saúde considerar um distúrbio que deve ser combatido. Dessa forma, a banalização dessa patologia abre precedência a futuras consequências na saúde neurológica dos jovens afetados, como exemplo a intensificação ou surgimento da depressão, ansiedade, reclusão social dentre outros. Destarte, é imprescindível que a problemática do vício em jogos eletrônicos seja combatido. Faz-se, portanto, necessário que o Legislativo aprove lei que obrigue aos jogos online como Overwatch e League of Legends a restringir o acesso após a meia-noite nos dias de semana para menores de 18 anos, além da obrigação de instaurar um sistema de redução do tempo de jogo, de forma que após temporizar 3 horas o sistema trave por 30 minutos para proporcionar descanso ao jogador. Dessa forma, tornará menos viciante os jogos reduzindo-se a chances dos vícios entre os jovens, de modo que a felicidade em jogar seja equilibrada com o bem-estar do jogador.