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Redação sem título.

Tema de redação: O vício em games como distúrbio mental e suas implicações

Redação enviada em 23/10/2018

A sociedade contemporânea é resultado de um conjunto de fatores políticos, tecnológicos e socioculturais que além de avanços, trouxeram consigo retrocessos, como a liquidez das relações interpessoais. Nesse contexto, o distúrbio mental do vício em games surge como uma problemática que ainda não é tratada com a importância que demanda. Urge, assim, a necessidade de atentar para as implicações desse hábito na sociedade brasileira. Primeiramente, como bem defendido por Aristóteles, permitir uma vivência baseada nos excessos é algo que compromete a boa qualidade de vida do cidadão. O consumo exacerbado de games provoca o isolamento social e problemas em criar relacionamentos sólidos, principalmente, quando um suposto vício é iniciado deste a fase infantil, uma vez que muitas crianças e adolescentes encontram nos jogos eletrônicos uma forma de escapar da realidade vivenciada. Nesse sentido, tornam-se vulneráveis ao distúrbio do vício, o que implica em alterações cerebrais significativas e, em longo prazo, em problemas como o pânico social e a depressão. Outrossim, há um despreparo de muitas famílias em propor limites ou, até mesmo, o distanciamento e a falta de diálogo entre os jovens e seus responsáveis propiciam uma liberdade excessiva, que lhes levam a usufruir dos jogos eletrônicos sem moderação, favorecendo a ocorrência do vício em games. Essa situação dificulta ainda mais um possível tratamento e impulsiona na vida desses o aumento da discriminação, haja visto que doenças relacionadas a este tipo de vício não são reconhecidos pela maioria da população e a autoridade parental torna-se insuficiente para amenizar as consequências do uso abusivo da tecnologia. Entende-se, portanto, que o vício em games é um distúrbio mental que deve ser tratado e prevenido. Por sua vez, a mídia deve exercer sua função social e veicular propagandas que orientem os pais a acompanhar o contato dos seus filhos com a tecnologia, ressaltando a necessidade do controle, e a identificar os sintomas desse distúrbio e recomendando a busca por clínicas especializadas no tratamento. Cabe ao Ministério da Educação junto com o Ministério da Saúde o apoio de psicólogos no âmbito escolar, pois é importante para auxiliar e propor a todos os jovens das relações e do equilibro com o mundo online.